A polícia Civil em Imperatriz está as voltas com uma investigação para saber o que aconteceu com o representante comercial Pedro Ventura, desaparecido ha quase um mês.
Uma operação da Polícia Civil, realizada no fim da tarde de quinta-feira (10), cumpriu dois mandados de prisão e de busca e apreensão em desfavor de pessoas suspeitas de envolvimento no desaparecimento do microempresário Pedro Ventura.
Foram presos Célia Ribeiro Teotônio Ventura, ex-mulher de Pedro Ventura, de quem ele tinha se divorciado um dia antes de desaparecer, e o cirurgião dentista Leonardo Mendes de Lima. Célia foi presa quando se encontrava na casa dos pais, localizada no Parque São José, enquanto Leonardo Mendes foi preso no consultório odontológico, no centro da cidade. Quanto a Laércio Ribeiro Teotônio, irmão de Célia e ex-cunhado de Pedro Ventura, não foi encontrado pela polícia.
Na busca e apreensão na casa de Célia foram encontrados um relógio, uma pulseira e um cinto de Pedro Ventura.
Além da prisão dos suspeitos, foram apreendidas duas caminhonetes, que foram identificadas, sendo uma de Pedro Ventura e outro de Leonardo Lima.
Os suspeitos estão com mandados de prisão temporária de 30 dias e estão sendo investigados como suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Pedro Ventura. As prisões foram para que durante as investigações os suspeitos não possam sair da cidade, como também para que não haja ameaças a possíveis testemunhas do caso.
Segundo a polícia, o cirurgião dentista Leonardo Mendes de Lima é suspeito porque era o ex-marido da atual namorada de Pedro Ventura. Quanto à ex-esposa de Pedro Ventura, Célia Ribeiro, é suspeita porque, segundo a polícia, ela e a vítima assinaram o divórcio em um dia e ele sumiu no outro. Pedro Ventura entrou na residência onde residia no Três Poderes e não foi visto saindo, conforme imagens de uma câmera de segurança na área.
Com novas investigações nessa fase, outras prisões deverão ser feitas, tendo em vista que, para a polícia, tem os executores do crime.
Familiares e OAB
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O Coronel Guilherme Baptista Ventura, tio do desaparecido, falou à imprensa que a família já chegou no limite da tolerância, tendo em vista que todos estão vivendo a expectativa de encontrar Pedro Ventura, seja do jeito que for. “Nós estamos querendo é que seja feito justiça. Que não só os mandantes como os executores sejam presos, como também os demais implicados no caso. Alguém mandou e alguém executou”, disse o Coronel Ventura, admitindo que dificilmente Pedro Ventura seja encontrado com vida.
O Coronel faz as perguntas: “Quem executou? Quem pagou? Quem levou o dinheiro?”. “Isso se a coisa tiver sido feita dessa maneira”, completou.
Ventura afirmou que o delegado Eduardo Galvão é uma pessoa educada e que está se esforçando para resolver o caso. “Não sei se eu teria a paciência dele. O que sei é que vamos chegar lá, com a polícia. Mas, se desaparecer o último policial da face da terra, eu chego nessa gente”, disse o Coronel Ventura.
O Coronel Ventura confirmou a O PROGRESSO que tem uma imagem de uma câmera de segurança da área que mostra Pedro Ventura entrando na casa onde morava e não mostra ele saindo. “Essa é a principal linha de investigação”, garantiu.
O advogado Malaquias Neves, presidente da subseção da OAB em Imperatriz, disse que todos os componentes da Ordem estão sensibilizados por se tratar do desaparecimento do filho de um colega, no caso o advogado Jorge Ventura.
“Em função disso, a OAB reuniu alguns dos seus membros, representando toda a classe em Imperatriz, para que viesse aqui (delegacia) com os familiares da vítima. A nossa função foi a de reforçar junto à família do desaparecido o pedido à Polícia Civil para elucidar o caso”, disse Malaquias.
Investigações
O delegado regional Eduardo Galvão definiu que a reunião serviu para que fosse feita uma prestação de contas de como se encontram as investigações sobre o desaparecimento de Pedro Ventura.
“O que foi possível passar aos familiares e aos membros da OAB nós passamos, sem prejuízo do que já foi até agora investigado, mesmo porque tudo corre sob segredo de justiça. Nem tudo podemos passar para os pais e demais familiares de Pedro Ventura, bem como aos membros da OAB. De uma coisa podem ficar certos, o caso não está elucidado, mas está em vias de ser elucidado”, finalizou o delegado Eduardo Galvão. (Fonte: O Progresso).
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