Por "Dr. Pêta"
Elson |
Revoltante o que aconteceu na Penitenciária de Pedrinhas com o
borracheiro Elson de Jesus Pereira, de 43 anos!!!
Casado, pai de uma
criança com paralisia cerebral, Elson foi decapitado durante a rebelião
do início da semana e ainda ‘apresentado à sociedade’, depois de morto,
como integrante de uma perigosa facção ‘batizada’ de ‘Bonde dos 40′!!!
E
qual foi o crime que Elson cometeu para ser condenado e jogado num
xadrez em meio a bandidos da mais alta periculosidade???!!! Receptação
de quatro pneus furtados!!! Isso mesmo, por ter comprado quatro pneus
furtados, o que ele garante ter feito sem saber que se tratava de
produto de furto!!!
Preso e condenado pela Justiça, o pai de família,
trabalhador, como atestaram todas as pessoas que o conhecem e que foram
ouvidas pelo Jornal Pequeno, foi levado primeiramente para o Centro de
Triagem do complexo penitenciário, no dia 19 de setembro último!!!
Posteriormente, em vez de encaminhar o detento para outro local, mais
condizente com a sua pena de receptação, jogaram o borracheiro para as
‘cobras’, no meio de bandidos de alta periculosidade que acabaram
promovendo a chacina!!!
O tumulto começou depois que o juiz Roberto de
Paula, da 1ª Vara de Execução Penal, determinou a transferência, da CCPJ
do Anil para o presídio de Pedrinhas, de 35 presos que integrariam o
‘Bonde dos 40′!!! A ordem não foi cumprida totalmente, pois apenas 18
presos seguiram para Pedrinhas, mas foi o suficiente para revoltar os
integrantes da facção Primeiro Comando do Maranhão (PCM)!!! Cerca de 40
deles invadiram um dos pavilhões onde estavam os transferidos e
perpetraram a carnificina!!!
Elson, o borracheiro receptador, atirado
irresponsavelmente no meio de assassinos, assaltantes e estupradores,
foi executado e decapitado, sendo a sua cabeça lançada para longe do
corpo!!! E agora, quem vai pagar por essa perda, por essa
crueldade???!!! (Texto do Colunaço do Pêta - Jornal Pequeno, título do blog).
Mais sobre Elson de Jesus Pereira:
Família de homem decapitado denuncia injustiça e erro do Estado
NELSON MELO
ESPECIAL PARA O JP
Três
dias depois da rebelião ocorrida na Penitenciária de Pedrinhas, que
resultou na morte de três detentos, a família de uma das vítimas, o
borracheiro Elson de Jesus Pereira, de 43 anos, que foi decapitado,
denuncia que o crime poderia ter sido evitado, uma vez que a vítima
deveria ter sido conduzido até um setor condizente com sua pena, que foi
por receptação, após ter comprado pneus roubados, no ano de 2009. O
borracheiro, no entanto, foi transferido para a penitenciária, sendo
que, duas semanas antes, ele estava preso no Centro de Triagem, naquele
Complexo Penitenciário. No dia do motim, a direção do presídio divulgou
outro nome para o detento decapitado, enquadrando-o como pertencente à
facção criminosa “Bonde dos 40”, o que também deixou seus familiares
insatisfeitos.
Ontem, à tarde, o Jornal Pequeno
compareceu ao velório do detento, na Borracharia Vitória, localizada na
Avenida dos Africanos – no Sacavém, de propriedade de Elson de Jesus, e
conversou com a mulher da vítima, Tereza de Jesus Furtado, 44. ‘Dona’
Tereza revelou que o marido não era um criminoso, sendo condenado apenas
por uma mera fatalidade, já que não tinha conhecimento da origem
ilícita do produto adquirido, quatro pneus roubados.
Na ocasião, por meio de uma denúncia, agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) se deslocaram até aquela borracharia, comprovando a irregularidade do produto. O detento decapitado aguardou, em liberdade, a sentença condenatória. A 4ª Vara Criminal da Capital expediu um mandado de prisão contra Elson, pelo crime de receptação, e a vítima foi conduzida, pelos investigadores da DRF, ao Centro de Triagem, em Pedrinhas, no dia 19 de setembro deste ano. “Por que, então, transferiram o meu marido para um local altamente perigoso, cheio de assassinos e traficantes? Ele deveria ter sido encaminhado para outro local, longe dessas pessoas”, indagou Tereza de Jesus.
A família de Elson também está indignada com o fato de que não houve um comunicado imediato e oficial da penitenciária sobre a morte do detento, sendo que eles só ficaram sabendo do ocorrido na manhã de quarta-feira (2), por volta das 7h, quando uma das filhas do casal ouviu, durante uma reportagem em uma emissora local sobre a rebelião, o nome do borracheiro na lista dos mortos no confronto. No dia do motim, a direção da Penitenciária de Pedrinhas divulgou, erradamente, como tendo sido Flávio Rodrigues Coelho Pereira o detento decapitado. “Erraram nesse ponto, e também por terem anunciado que Elson era integrante do ‘Bonde dos 40’; coisa totalmente absurda, já que ele era um trabalhador, pai de família, honesto e guerreiro”, declarou Sílvia Helena, 33, cunhada do preso.
Durante
a rebelião, ocorrida na terça-feira (1º), a cabeça de Elson foi lançada
para longe do corpo. O tumulto teve início após o juiz Roberto de
Paula, da 1ª Vara de Execução Penal, ter determinado a transferência de
35 presos – que seriam integrantes do “Bonde dos 40” – da CCPJ do Anil
até a Penitenciária de Pedrinhas, sendo que, destes, somente 18 foram
deslocados, causando revolta dos criminosos de outra facção, conhecida
como Primeiro Comando do Maranhão (PCM), que estavam alojados naquele
setor. Cerca de 40 detentos pertencentes ao PCM invadiram um dos
pavilhões, onde estavam os transferidos, e iniciaram o massacre.
Elson de Jesus Pereira tinha três filhas, sendo que o nome da borracharia foi escolhido em homenagem a uma delas, Vitória, a caçula, de 12 anos, que sofre de paralisia cerebral. A família da vítima, agora, pretende processar o Estado pela morte do detento. No portão da casa, localizada em cima da Borracharia Vitória, os familiares colocaram uma enorme faixa pedindo justiça. O corpo do detento foi sepultado no Cemitério do Gavião, na Madre Deus, na tarde de ontem (3), às 16h.
ESPECIAL PARA O JP
Comoção e revolta marcou o velório do borracheiro Elson de Jesus. (Foto: G. Ferreira) |
Na ocasião, por meio de uma denúncia, agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) se deslocaram até aquela borracharia, comprovando a irregularidade do produto. O detento decapitado aguardou, em liberdade, a sentença condenatória. A 4ª Vara Criminal da Capital expediu um mandado de prisão contra Elson, pelo crime de receptação, e a vítima foi conduzida, pelos investigadores da DRF, ao Centro de Triagem, em Pedrinhas, no dia 19 de setembro deste ano. “Por que, então, transferiram o meu marido para um local altamente perigoso, cheio de assassinos e traficantes? Ele deveria ter sido encaminhado para outro local, longe dessas pessoas”, indagou Tereza de Jesus.
A família de Elson também está indignada com o fato de que não houve um comunicado imediato e oficial da penitenciária sobre a morte do detento, sendo que eles só ficaram sabendo do ocorrido na manhã de quarta-feira (2), por volta das 7h, quando uma das filhas do casal ouviu, durante uma reportagem em uma emissora local sobre a rebelião, o nome do borracheiro na lista dos mortos no confronto. No dia do motim, a direção da Penitenciária de Pedrinhas divulgou, erradamente, como tendo sido Flávio Rodrigues Coelho Pereira o detento decapitado. “Erraram nesse ponto, e também por terem anunciado que Elson era integrante do ‘Bonde dos 40’; coisa totalmente absurda, já que ele era um trabalhador, pai de família, honesto e guerreiro”, declarou Sílvia Helena, 33, cunhada do preso.
Elson de Jesus Pereira tinha três filhas, sendo que o nome da borracharia foi escolhido em homenagem a uma delas, Vitória, a caçula, de 12 anos, que sofre de paralisia cerebral. A família da vítima, agora, pretende processar o Estado pela morte do detento. No portão da casa, localizada em cima da Borracharia Vitória, os familiares colocaram uma enorme faixa pedindo justiça. O corpo do detento foi sepultado no Cemitério do Gavião, na Madre Deus, na tarde de ontem (3), às 16h.
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