Convencer os maranhenses de que está próximo um
rompimento entre o prefeito Edivaldo Holanda Júnior e o candidato ao governo do
Estado pelo PCdoB, Flávio Dino. Esta é a nova, árdua e causticante missão
imposta aos escribas do senador José Sarney. Estão castigando nas tintas. Vendo
fantasmas. Agarrando-se à mais tênue esperança de que algo ou alguma coisa mude
o quadro eleitoral desalentador para o governo do Maranhão.
Às voltas com uma situação de caos na segurança
pública, denunciada pelo Conselho Nacional do Ministério Público, surpreendidos
por pesquisas cada vez mais favoráveis a Flávio Dino e desfavoráveis ao
governo, indignados com a teimosia oposicionista de Eliziane Gama, qualquer
coisa está servindo para alimentar ilusões.
Estão os Sarney, de todo modo, furiosos com a
executiva nacional do PT, que não esconde mais sua preferência pelo candidato
de oposição no Estado, e também com Dilma Roussseff, que, apavorada com a presença
ética de Marina Silva na disputa eleitoral, quer distância de alianças
impopulares e mais impopular do que Sarney no Brasil ainda estão fazendo.
Quer porque quer o grupo Sarney promover um racha
que pecaria pela lógica, pela disposição das forças políticas, pelo que
anunciam as pesquisas, pelo entupimento dos canais de irrigação eleitoral. E
até por uma amizade construída na luta contra um poder discricionário,
draconiano e tumular.
Flávio Dino não vai querer perder o apoio de um
prefeito que visita obras todos os dias e todos os dias conversa com a
população. O prefeito, se pensar em sua reeleição, não vai querer perder o
apoio do mais provável governador eleito em 2014 e que, perdendo ou ganhando,
vai dar de lavagem em São Luís.. Não tem nem o que pensar. É simples como um
copo d’água, se é que um copo d’água é simples.
Difícil não é entender que o prefeito se veja
obrigado, por qualquer razão, ou simplesmente a seu querer, a demitir um
secretário indicado por Flávio Dino. Difícil é entender que Roseana Sarney não
demita secretários acusados de corrupção, suspeitos de corrupção, envolvidos
com corrupção e outros que sofrem de imaculada incompetência.
Bem pensado, não é o prefeito quem está rompendo com
Flávio Dino ou vice-versa. O povo é quem está rompendo com o modelo político
imaginado, aplicado e deteriorado do grupo Sarney.
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