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O acordo nuclear marcou a maior realização estrangeira do ex-presidente americano Barack Obama. Trump, no entanto, chamou o pacto de “desastre” e de “o pior negócio de todos os tempos” e tem trabalhado para desfazer grande parte das agendas de política interna e externa deixadas por Obama.
O acordo
Em sua essência, o acordo de 2015 impõe restrições ao programa nuclear do Irã, tornando impossível para o país produzir uma bomba. Em troca, a maioria das sanções americanas e internacionais contra a economia do país foram retiradas. Mas o acordo também tem uma série de limites de tempo.
Segundo os termos do documento, o Irã só pode manter um estoque de 300 quilos de urânio pouco enriquecido, em comparação aos 100 toneladas que já armazenou. O país pode enriquecer urânio a apenas 3,67%, que pode ser utilizado para abastecer, por exemplo, um reator. No entanto, a porcentagem está longe dos 90% necessários para produzir uma arma atômica. O acordo também limita o número de centrífugas que o país pode operar e as reduziu a modelos mais lentos e antigos.
O Irã também foi obrigado a reconfigurar um reator de água pesada para que não possa mais produzir plutônio e concordou em converter seu campo de enriquecimento Fordow em um centro de pesquisa. O país ainda concedeu mais acesso aos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e criou um sistema que permite aos observadores da ONU inspecionarem outros locais.
Em troca, potências mundiais retiraram as sanções econômicas paralisantes que haviam bloqueado o Irã das negociações bancárias e de petróleo internacionalmente. Além disso, deram ao país permissão para comprar aeronaves comerciais e realizar negócios em outras áreas. O acordo também descongelou bilhões de dólares que Teerã tinha no exterior.
O pacto, no entanto, não impede diretamente o país de testar ou disparar mísseis balísticos e possui uma série de datas de vencimento contínuas. Em oito anos, por exemplo, o Irã pode começar a testar até 30 novas centrífugas, número que pode expandir muito dois anos depois. Já quando o acordo completar quinze anos, as restrições ao enriquecimento de urânio e ao tamanho do arsenal do país terminam.
(Com Estadão Conteúdo)
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