terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

“NEM OITO, NEM OITENTA”!! BRASIL CAMINHA PARA O CENTRO NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES?

Atual configuração política aponta para um caminho onde o centro e a centro-direita ganham força, refletindo o desejo do eleitorado por moderação e pragmatismo nas próximas eleições.

As eleições de 2024 já apontavam isso nos municípios, mas a recente abertura dos trabalhos legislativos no Brasil evidenciou o predomínio de partidos de centro e centro-direita, que assumiram a liderança em 17 das 27 Assembleias Legislativas estaduais e do Distrito Federal. O MDB e o União Brasil destacaram-se, cada um conquistando a presidência de cinco Casas Legislativas. Em contraste, partidos de esquerda e centro-esquerda, como PT, PSB e PDT, ficaram à frente de apenas quatro Assembleias, representando cerca de 15% do total. 


Esse cenário sugere uma tendência do eleitorado brasileiro em direção a posições políticas mais moderadas, afastando-se dos extremos ideológicos. Nas eleições municipais de outubro de 2024, observou-se um fortalecimento do centro e da direita, com candidatos moderados sendo preferidos em grandes cidades como São Paulo. Tanto o ex-presidente Jair Bolsonaro quanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentaram derrotas significativas, indicando que os eleitores buscam soluções práticas e concretas para os problemas cotidianos, deixando de lado promessas ideológicas vazias. 


Portanto, a atual configuração política aponta para um caminho onde o centro e a centro-direita ganham força, refletindo o desejo do eleitorado por moderação e pragmatismo nas próximas eleições.


Mas a falta de lideranças políticas consolidadas pode no entanto acabar empurrando o eleitorado a uma decisão mais polarizada entre direita e esquerda na próxima eleição presidencial. No Brasil, o cenário político tem sido historicamente marcado por essa dualidade, e a ausência de um nome forte no centro pode fazer com que os eleitores busquem novamente as figuras já conhecidas e com maior base de apoio.


Por outro lado, o avanço do centro e da centro-direita nos Legislativos estaduais e nas eleições municipais sugere que a população pode estar inclinada a um caminho mais moderado, rejeitando os extremos. Isso pode abrir espaço para um candidato que consiga dialogar com diferentes espectros políticos e apresentar uma proposta pragmática, algo que já aconteceu em outros momentos da política brasileira.


O grande desafio será a construção de uma alternativa viável e competitiva no centro. Caso essa alternativa não se consolide até 2026, a tendência é que a disputa presidencial volte a ser um embate direto entre os polos ideológicos, especialmente se Lula e Bolsonaro (ou candidatos diretamente ligados a eles) estiverem na corrida.

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