No capitalismo é assim, a concorrência naturalmente regula os preços e ajusta o mercado. Foi o que aconteceu com a chegada do UBER à Imperatriz , inicialmente com cerca de 30 carros nas ruas da segunda maior cidade do Maranhão, o serviço não foi muito levado a sério pela concorrência, taxistas e mototaxistas, e até mesmo o táxi-lotação que já se encontravam em atividade no mercado numa verdadeira guerra pelos passageiros.

Agora, com o crescimento do UBER, sentindo uma brutal queda na oferta de passageiros, os taxistas começam a baixar os preços e fazer promoções para tentar recuperar seus clientes. No Shopping Imperial por exemplo, taxistas estão fazendo promoção e ofertando seus serviços para vários bairros da cidade por apenas dez reais, ainda mais caro (na maioria das vezes) do que o UBER.
Assim que O novo serviço começou a operar na cidade, em meados de novembro do ano passado, cheguei a perguntar a um taxista do posto do Imperial, se achava que o UBER poderia atrapalha-los, ele respondeu: “Que nada! Isso não vai pegar, gasolina cara, tem quatro abestados se matando de trabalhar dia e noite quase de graça, logo vão desistir”.
Como vêem, a contrário das previsões dos nossos taxistas, o serviço cresce a cada dia mais em Imperatriz e já se ouve até falar da chegada de novos aplicativos de transporte, semelhantes ao UBER na cidade.
UBER sera objeto de votação na Câmara dos deputados
A proposta que regulamenta serviços de transporte remunerado individual por meio de aplicativos, como o Uber e o 99Pop, é o destaque da pauta do Plenário da Câmara dos Deputados na próxima semana. Os parlamentares precisam analisar o substitutivo do Senado para o PL 5587/16, do deputado Carlos Zarattini (PT-SP) e outros. Na Casa, a análise das matérias pendentes inicia na terça-feira (27) com Medidas Provisórias que trancam a pauta.
Entre as mudanças do Senado para o projeto está a retirada dos municípios como os responsáveis pela autorização da atividade, mantendo apenas como responsabilidade das prefeituras a competência para fiscalizar o serviço. Outra modificação imposta pelos senadores retira da proposta original a obrigatoriedade de que o condutor seja proprietário do veículo e do uso de placas vermelhas nos carros. A proposta é polêmica e tem causado discussões acaloradas na Câmara.
O deputado federal Daniel Coelho (PSDB) é um dos que defende a manutenção do serviço de aplicativos de transporte individual. "O que vai dizer o futuro dos aplicativos são os itens que tratam de estabelecer o número de veículos para cada cidade e a licença prévia que seria a placa vermelha. Essa é a intenção dos que estão querendo proibir, porque no momento em que você estabelece a necessidade de licença prévia, então alguém precisa ir à prefeitura e pedir a placa vermelha, isso é um processo que demora um ano, dois, três, então de imediato ficaria interrompido o funcionamento desses aplicativos, por isso a gente espera que consigamos ganhar a votação, vai ser decidido no voto”, ressaltou o deputado