E deu Assis Ramos do PMDB, com 29,17%, menos de 30% dos votos da cidade, ou seja, com 70,84%, dos votos contrários do eleitorado, somando apenas os outros três candidatos, Assis tem uma grande tarefa pela frente, ganhar de verdade o apoio da maioria do povo de Imperatriz.
Também eleito batendo de frente contra o governo do Estado, Assis terá a tarefa – se quiser governar bem e pensando realmente no desenvolvimento da cidade – que construir uma ponte com o executivo estadual.
Eleito prometendo transformar Imperatriz numa “terra que vai jorrar leite e mel”, sem dizer de onde vai tirar os recursos para cumprir suas promessas, afirmando que “dinheiro tem, só é preciso impedir a sangria da corrupção”, Assis vai agora se dar conta que Imperatriz é uma cidade com enormes problemas e que, com corrupção ou sem corrupção os recursos são escassos e o “cobertor é curto para matar o frio”.
A expectativa desses 29,16%, em sua maioria eleitores de baixa renda ou escolaridade com pouca politização, é grande. O episódio da prisão do Major, utilizado com exaustão, com requintes de cenas de novela mexicana, com direito a lágrimas no horário eleitoral e vídeo do interior de uma cela, contribuíram para ganhar os indecisos mais humildes, que nem sabem mesmo para que serve um prefeito, pois ouvi de um senhor eleitor do Assis que iria votar nele por que ele iria “meter a taca nos bandidos”.
O fato de ser um policial e ter dado à sua campanha um certo caráter de beligerância, também terá Assis Ramos que pacificar a cidade, pois cabe aos vencedores serem magnânimos e justos, para ganhar a confiança das outras parcelas da cidade.
Mas, tal qual Jomar Fernandes em 2000, Assis tem algo de muito positivo em sua eleição, não deve nada a ninguém, ganhou sem grandes compromissos, pelo menos que se conheça de público. Bom, tem o grupo Sarney, que ele fez questão de esconder o tempo todo. Negava que pelo fato de estar no PMDB teria que ter uma ligação com Roseana, João Alberto e Lobão Filho.
De qualquer forma, eleitor ou não de Assis Ramos, temos que torcer pela cidade, arriar as armas e aguardar agora a transição de governo, até o dia 1º de Janeiro quando esperamos que realmente "Imperatriz tenha novos planos..."
