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terça-feira, 24 de setembro de 2019

MÁRCIO JERRY QUER MANDAR NOVAMENTE EM IMPERATRIZ


Há 20 anos ele emplacou aqui o improvável Jomar Fernandes, mas afogou o “produto” num mar de trapalhadas e corrupções 
Marco Aurélio, Aurélio e Jerry, petistas de origem e
comunistas de ocasião: 2020 está chegando
Para quem vive a política de longos prazos, até que vinte anos passaram rápido; em 1999, por esta época, Márcio Jerry, um dos originais do petismo maranhense, aterrissava aqui para a sua primeira invenção para Imperatriz, “Jomar Fernandes para prefeito”, contra o Ildon Marques que vinha para a reeleição depois de uma interventoria e de um mandato bem avaliados; numa conspiração infernal de fatos paralelos disparados contra aliados do então peemedebista, deu-se o improvável; Jomar se elegeu.

Era a primeira materialização do sonho de poder de Márcio Jerry, até então um ativista de políticas universitárias, como estudante e professor que não se expandia além dos limites territoriais da Universidade Federal do Maranhão.
Jomar, Jerry e Terezinha, há 20 anos.
Jomar ganhou. Ganhou, mas não governou: Márcio Jerry era a primeira estrela da constelação petista que desembarcou na prefeitura de Imperatriz, quase todos vindos de São Luís; se tinha uma segunda figura mais importante, era Teresinha Fernandes, mulher de Jomar, de perfil autoritário, mas que não se sobrepunha a Jerry. Jomar era como se fosse do terceiro escalão; só assinava.

E assinou muita coisa errada, sob a batuta do seu supremo Secretário de Governo, Márcio Jerry. Assinou e pagou três vezes obras de demolição, reconstrução e posterior reforma da sede da Secretaria de Educação (ali, onde hoje é a SINFRA) que sequer teve completado a primeira das etapas, que era da demolição; o mesmo seu deu com uma das unidades da Saúde, na Dorgival Pinheiro, ao lado dos Correios, onde hoje é a sede da secretaria; sumiu com os recursos enviados pelo Ministério do Meio Ambiente para fazer o aterro sanitário, e, além de tantas outras do gênero, na eleição de 2002 bancou a campanha mais cara do estado para uma candidata a deputada federal, justamente ela, Teresinha Fernandes. Quebrou a máquina, a cidade era só greve e lixo, fez muita gente sentir saudade de Salvador Rodrigues.
Os capítulos finais daquele reinado de Márcio Jerry incluíram uma estranha auto-idenização, dele para ele mesmo, quando trocou de secretaria, como se ele fosse um funcionário regido pela CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas -, processo que já deve ter sido comido pelas traças do fórum Henrique de La Rocque. No último ato, numa campanha de desespero, capitulou, ficando em segundo lugar, por menos de dois mil votos, devolvendo a prefeitura a Ildon Marques.
Em Açailândia Jerry emplacou Juscelino, outro
 que se atrapalhou e caiu antes da hora
Agora, para 2020, Márcio Jerry faz a escolha que mais lhe convém: com Ildon, ele sabe, não teria como mandar na prefeitura de Imperatriz; o empresário é personalista e tem autonomia para, se quiser, romper com tudo e com todos; Clayton Noleto tem interlocução direta com Flávio Dino, e isso anularia em pelo menos 50% seu poder de fogo no mando do município. Resta-lhe o professor Marco Aurélio, que tem um perfil jomariano, manso e de discurso que enfileira chavões petistas-comunistas-chavistas.

Foi Márcio Jerry quem descobriu Marco Aurélio, é, portanto, seu filho político legítimo, que nem Jomar, alçado a deputado, depois prefeito. Marco Aurélio jamais, negaria o pai! 

Bom, "se der Marco Aurélio, vai ser Márco Jerry, de novo, na Prefeitura de Imperatriz", é o que ouve nos quatro cantos da imperosa. Sendo que desta vez nem mesmo uma Terezinha Fernandes teríamos, de vez que a senhora Aurélio é absolutamente abstrata no campo político.

“Sopa no mel”, diria Márcio Jerry.