O que ocorreu naquele Arraial não foi apenas o que a imprensa chamou de "tragédia", tornando o sinistro como algo do acaso, "coisa da ignorância de homens", como se nada fosse possível ser feito preventivamente numa festa para evitar uma matança com os desdobramentos que se seguiram culminando com um linchamento, um dos crimes mais repugnantes da humanidade, que nos dias de hoje significa o retorno do império da barbárie e o fracasso do Estado em manter a ordem pública.
Não! São João do Sóter, apesar de ser um pequeno município, não está fora do mundo, não é um caso isolado, é infelizmente o retrato do Maranhão, em especial os chamados "grotões", onde geralmente tem três policias desaparelhados, incapazes de darem segurança a uma festa pública e depois, sem o reforço necessário, impedirem matanças e linchamentos.
Vista aérea de São do Sóter-MA, exemplo da falta da presença do Estado na Segurança Pública |
Assim é o Maranhão, onde na campanha passada um juiz era o candidato e nos prometeu uma "grande mudança", principalmente na Segurança Pública. O Juiz, Flávio Dino de Castro e Costa se elegeu, reascendendo nossas esperanças. Mas, infelizmente, ao final de quase quatro anos do "governo da mudança", o Maranhão ainda é uma terra de bandoleiros, sem lei, onde grupos ensandecidos fazem justiça com as próprias mãos, sob os olhares complacentes ou inertes da força pública.
Fica aqui o meu repúdio, não é esse o Maranhão que queremos. Termina logo teu mandato, Flávio Dino!!
Fica aqui o meu repúdio, não é esse o Maranhão que queremos. Termina logo teu mandato, Flávio Dino!!