terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Nasce a Folha da Chapada das Mesas



Eis o Editorial:

Em suas mãos o primeiro número do jornal Folha da Chapada das Mesas, quinzenário jornalístico do nosso tempo, com reportagens, artigos, idéias...

Com esta publicação não pretendemos mais do que contribuir para algo que julgamos ser essencial: fomentar a utilização dos meios de comunicação como ferramenta de trabalho, de cidadania, promovendo, enquanto instrumentos de comunicação a serviço da inovação e da aprendizagem da vida cívica, ao mesmo tempo estimular uma reflexão crítica sobre a lógica específica dos diversos meios de comunicação social.

Como disse Juan Luis Cebrián, um dos jornalistas mais conhecidos do mundo de língua espanhola, “Conhecemos o fútil e perecedouro do nosso trabalho. Os jornais saem todos os dias, escrevem-se todos os dias, nascem e extinguem-se diariamente, são uma espécie de fogueira das vaidades, entre as quais não são menores as dos próprios jornalistas. Por isso convém desconfiar da sua pretensa influência e defender-se da sua arrogância evidente. O tempo arrasa-os com uma facilidade incrível. O tempo é mais forte do que os juízes, que a censura, que os leitores e que a verdade”.

Pensando assim, a cada edição nos esforçaremos para oferecer vários pontos de vista e cada matéria será produzida com o objetivo de tornar-se uma referencia duradoura sobre o assunto tratado. Nesse contexto nossa principal bandeira será a defesa do planeta, do meio ambiente e da cidadania.

A Folha da Chapada das Mesas pretende ultrapassar os limites da superficialidade, da informação frágil, do lugar comum sem no entanto, abrir mão de uma linguagem ágil e de uma veste gráfica cativante.

Somos um jornal independente e plural. Em nossas páginas só não haverá espaço para a verdade oficial empacotada, sem nenhum direito ao contraditório. Pelo contrário, apostamos na reportagem com ferramenta, que revela o que se deseja esconder ou desconhecer.

Aqui você encontrará debates e análises. Nas colunas, no roteiro de cada edição buscaremos oferecer o melhor material sobre idéias e comportamento, sobre a produção nas artes, na política e na economia.

As forças do mercado e da política empurraram a quase totalidade da mídia para uma postura homogênea, supérflua, sem graça. Reforçam uma forma de fazer jornalismo que se alimenta basicamente da bajulação, de declarações de autoridades e relatórios

institucionais. Um jornalismo pela rama, que frustra o leitor mais atento, desejoso de romper as barreiras da desinformação, que cria uma unanimidade falsa, um discurso repetido, um conforto preguiçoso.

A Folha da Chapada das Mesas nasce no sentido contrário desta corrente, para que um dia deixe de ser assim tão fundamental olhar para os jornais, “desconfiar da sua pretensa influência e defender-se da sua arrogância evidente”. E já que “o tempo é mais forte do que os juízes, que a censura, que os leitores e que a verdade”, também há-de chegar esse tempo.

Se você quiser ser incomodado por uma outra realidade, pela dúvida, pela revelação, leia este jornal. Porque assim será a Folha da Chapada das Mesas.

Um comentário:

joao b lacerda disse...

gostei do editorial bom muito bom