Com a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última terça-feira(30/11) ao canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Estreito, localizada na divisa do Tocantins com o Maranhão, deu-se início à última etapa final de construção do empreendimento antes da entrada em operação da usina, prevista para fevereiro de 2011. Ele foi convidado pelo Consórcio Estreito Energia (Ceste) a fechar uma das 14 comportas do Vertedouro, dando início ao enchimento do reservatório,
Atualmente, cerca de 8 mil homens trabalham na UHE Estreito. As estruturas do Vertedouro e da Barragem foram concluídas e a Casa de Força, que fica no lado do Maranhão, está com 90% de suas obras civis finalizadas.
O Presidente Lula destacou a importância do empreendimento para o país: “Esta hidrelétrica servirá de modelo para como tratar corretamente e respeitosamente os moradores que aqui vivem, os moradores, os pescadores e os que trabalham na agricultura”.
O presidente da GDF SUEZ no Brasil, Mauricio Bahr, empresa líder do Ceste, destacou que 80% da energia produzida no país vêm de hidrelétricas e que o Sistema Interligado Nacional permite o máximo aproveitamento dos recursos naturais, como é o caso do Rio Tocantins, que já conta com outras usinas como São Salvador. Para ele, a visita de Lula marca não somente um capítulo na história da UHE Estreito, como simboliza toda a atenção dedicada pelo Governo federal ao setor elétrico brasileiro e ao desenvolvimento nacional e, consequentemente, à melhoria de vida da população.
O presidente do Ceste, José Renato Ponte, fez o seguinte comentário sobre a importância da UHE Estreito, uma das principais obras do PAC : “Foram investidos R$ 4 bilhões, geramos renda, empregos, melhor qualidade de vida para a população da região e mais energia para o país”, afirmou. José Renato ressalvou que o Projeto Básico Ambiental (PAB), composto por 39 programas socioambentais, está sendo cumprido de forma integral, com a aplicação de mais de R$ 600 milhões de investimentos. Os programas abrangem clima, sismo, água, solo, peixes, flora, fauna, arqueologia, saúde, população, uso do solo, fomento de atividades econômicas e educação ambiental.
Para desocupar a área de abrangência da usina, o Ceste movimentou 3.500 processos, avaliando cada caso individualmente. Em todo este processo, o consórcio teve o cuidado de visitar, uma a uma, as famílias, levando informação e esclarecendo dúvidas. Foram mais de 2.350 visitas individuais e 53 reuniões coletivas com a população local.
Complexo Integrado beneficia pesca na região
Durante a visita, o ministro interino da Pesca e Aquicultura e o presidente do Ceste assinaram acordo de cooperação no valor de R$ 4,8 milhões para a instalação do Complexo Integrado de Escoamento, Beneficiamento e Comercialização do Pescado. O projeto, inédito no país, está sendo desenvolvido em parceria com as colônias de pescadores da região, o Ibama e o próprio ministério.
Enchimento do lago
O enchimento do reservatório se dará em três etapas, quando serão alcançadas as cotas de 145, 150m e 156m, respectivamente, até a altura máxima que o nível do rio irá atingir (156,00 m). Nas três fases, serão realizados monitoramentos para garantir que todo o processo transcorra com total segurança para a comunidade, o ecossistema da região e o próprio empreendimento. O período para este enchimento dependerá também do volume de chuvas na região, da vazão do rio e da vazão defluente das usinas localizadas acima do leito do Rio Tocantins, além de outros requisitos ambientais definidos em conjunto com o Ibama.
O enchimento do lago exigirá do Ceste uma complexa operação, que prevê inúmeras ações voltadas à preservação do meio ambiente e à segurança da população. Entre elas estão: o resgate da fauna e a realocação dos animais para áreas de soltura; o monitoramento da ictiofauna (peixes) em 11 pontos distintos; a avaliação da qualidade da água do reservatório com 21 pontos de amostragem; monitoramento de macrófitas (vegetais que podem ser arrastados para a barragem), como também o monitoramento do lençol freático na região durante o período de enchimento.
Para tais programas, serão mobilizadas mais de 100 pessoas do consórcio e de instituições parceiras como a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Fundação Charles Darwin, Universidade do Tocantins e empresas de consultoria contratadas pelo CESTE especializadas neste tipo de operação.
Todas estas ações e orientações sobre segurança estão sendo comunicadas à população por meio de uma ampla campanha de informação nos 12 municípios da área de abrangência do reservatório: Estreito e Carolina, no Maranhão; Aguiarnópolis, Palmeiras do Tocantins, Babaçulândia, Barra do Ouro, Filadélfia, Darcinópolis, Goiatins, Itapiratins, Palmeirante e Tupiratins, no Tocantins. Além de utilizar as emissoras locais de rádio e TV, impressos, sites de notícias e carros de som, o consórcio dispõe de quatro Centros de Informação, em Carolina e Estreito (MA) e Babaçulândia e Filadélfia (TO) e da linha de telefone gratuita: 0800 280 9191.
Parceria com o poder público
Com o objetivo de assegurar o desenvolvimento da região sobre todos os aspectos (educação, segurança, saúde, meio ambiente e infraestrutura), o Ceste firmou parcerias com os governos estaduais, municipais, associações e comunidades.
Desde o início do empreendimento, o consórcio reaparelhou hospitais, reformou e ampliou postos de saúde, doou ambulâncias, tratores e viaturas policiais e construiu novas sedes para as polícias civil e militar, escolas, casa de abrigo para idosos e creches. Com as prefeituras da região, o Ceste foi além e estabeleceu, voluntariamente, Termos de Compromisso Mútuo (TCM). levando benefícios diretos à população.
Instalou sistemas de coleta e tratamento de esgoto, construiu praças, ginásios esportivos, pocilgas e mercados públicos, implantou laboratórios de informática, realizou campanhas de vacinação e de combate e prevenção a doenças. como dengue, doença de Chagas e hepatite A. Desenvolveu também projetos voltados para a melhoria da qualidade de vida da população, como o “Crianças Saudáveis, Futuro Saudável”, que beneficia 14 mil crianças, o “Usina Social”, que contabilizou mais de 580 mil atendimentos em dois anos, e o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, voltado aos alunos da educação básica.
Informações gerais - Usina Hidrelétrica Estreito
- Capacidade instalada: 1.087 MW
- Energia assegurada: 641,1 MW médios
- Localização: No Rio Tocantins, na divisa dos estados do Maranhão com Tocantins.
- Área do reservatório: 400 km2
- Geração de emprego: cerca de 11 mil diretos (no momento de pico da obra) e 25 mil indiretos
- Investimento: R$ 4 bilhões
· Municípios da área de influência : Estreito e Carolina (Maranhão); Aguiarnópolis, Palmeiras do Tocantins, Babaçulândia, Barra do Ouro, Filadélfia, Darcinópolis, Goiatins, Itapiratins, Palmeirante e Tupiratins (Tocantins)
- Volume de concreto lançado: 933.740 m³ (Casa de Força, Tomada d´Água e Vertedouro)
- Capacidade de vazão do Vertedouro: 62.719 m³/s
- Queda nominal : 18,94 m
- Unidades Geradoras: Oito turbinas tipo Kaplan;
- Acionistas : GDF SUEZ / Tractebel Energia (40,07%), Companhia Vale do Rio Doce (30%), Alcoa (25,49%) e Camargo Corrêa (4,44%).
(Informações de um texto repassado por Francília Cutrim - Assessoria de Imprensa e Comunicação Interna Clara Comunicação-CESTE/UHE Estreito)
Um comentário:
Excelente notícia Josué, principalmente porque agora podemos concluir que também teremos boca-livre e espoca-bucho para a inauguração das outras treze comportas e mais oito para cada turbina.
Enquanto isso, descobriu-se que a Roseana não faz o mesmo porque contrata construtoras que não tem dinheiro suficiente para chegar sequer a metade das mesmas, muito menos concluí-las.
Também tinha um burro desgraçado que resolveu morrer justamente no momento em que estava quase aprendendo a trabalhar sem comer.
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