Acontece cada uma em Imperatriz que parece piada. Era uma sexta-feira, finalzinho do expediente e o sujeito procura um dos tantos advogados da cidade e diz que necessita de um habeas corpus, pois está com prisão decretada no Pará.
Após ouvir a história, o advogado acerta o preço se compromete a dar entrada na segunda-feira, no que o cliente concorda, e agradece "emocionado" pedindo-lhe que ajude antes a resolver uma pendência bancária para que possa pagar -lhe os honorários advocatícios.
-"Doutor eu tenho R$80 mil reais, mas não posso colocar na minha conta pois está sendo rastreada, como fazemos?", pergunta o cliente.
- "Por isso não, você deposita na minha conta", disse o advogado de maneira solícita, passando ao cliente imeditamente o número da conta.
O cliente sai e depois de algumas horas retorna ao escritório com um suposto recibo de depósito em caixa eletrônico.
-"Pronto doutor, agora só preciso que o senhor me arrume um lugar para me esconder enquanto sai o habeas corpus", disse.
De maneira cortez e diligente o causídico levou seu cliente e o hospedou no Hotel Fazenda Barra Grande. Para deixá-lo mais confortável voltou em casa e pegou a TV e um frigobar do quarto de seu filho e levou para o hotel, já que ali a hospedaria enfrentava dificuldades e não contava mais naquele momento com essa mordomia.
Logo que o advogado saiu do hotel o suposto cliente ligou para uns amigos, mandou vir algumas garotas de programa e promoveu sábado e domingo um festival de orgias. Uísque, cerveja e até uma pequena grupo musical serviram para animar a festança.
Na segunda-feira, por volta de 9 da manhã, o advogado resolveu visitar seu cliente para avisá-lo de que já estaria se dirigindo para Marabá (PA) com o intuito de impetrar o prometido habeas Corpus e livrá-lo da ameaça de prisão. Qual não foi a supresa ao descobrir que seu protegido ali não mais se encontrava. Segundo a gerencia saira logo cedo com um parceiro numa S10, levando junto a TV, o frigobar e deixando uma conta de quase 10 mil reais para trás.
Mesmo assim não ficou o advogado pertubado, afinal lembrou que em sua conta havia R$80 mil reais e seu cliente talvez estivesse naquele momento lá no escritório a esperar por ele.
A decepção no entanto tomou conta do advogado ao checar sua conta e descobrir que não houve depósito algum, que foi tudo uma farsa que lhe trouxe um grande prejuízo...
Seria cômico se não fosse trágico. Mas fica a lição, para o advogado e qualquer um: que nunca se deixe levar pela ganância nem dar crédito a quem não merece...
Em tempo: O presente post foi escrito no blog antigo (http://josue-moura.blog.uol.com.br/arch2005-12-18_2005-12-24.html), em 21/12/2005, diga-se de passagem, o primeiro blog jornalístico de Imperatriz.
2 comentários:
Imagine a cara de tacho que ele iria ficar lá em Marabá se nao tivesse passado no hotel antes de ir. hehehehehe
Meu ilustre! Esse advogado deve estar muito loucoooooooooo kkk de raiva!
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