quinta-feira, 12 de maio de 2011

AÇAILÂNDIA-MA: Assembléia Legislativa realizará audiência para tratar do impacto das siderúrgicas

Vista aérea da cidade de Açailândia-MA
A Assembléia Legislativa do Maranhão vai realizar no dia 19 de maio, apartir da 15h, audiência pública para discutir os impactos causados pelas siderútrgicas instaladas em Açailândia. 

Com o tema “Impactos em saúde e meio ambiente em Açailândia - Paradigma para o questionamento do modelo de desenvolvimento proposto pela Vale ao Estado do Maranhão”, o evento será coordenador pelos deputados Bira do Pindaré (PT) e Eliziane Gama (PPS).


Dep. Eliziane Gama
Dep. Bira do Pindaré
Durantea audiência está previsto o lançamento do relatório referente ao estudo recentemente realizado pela Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH), Justiça Global e Rede Justiça nos Trilhos sobre os impactos de empreendimentos do Programa Grande Carajás em duas comunidades de Açailândia. 


Pequiá de Baixo, muita poluição

Nessa cidade, as comunidades de Piquiá de Baixo e Califórnia sofrem há anos as conseqüências da poluição, do degrado ambiental e social, tornando-se dessa forma um paradigma para diversos outros conflitos que a cadeia de mineração e siderurgia provocou no território do corredor de Carajás.

Exploração sexual de menores




Péssimas condições de vida da população
A pesquisa da FIDH dá visibilidade a várias violações de direitos humanos e se conclui com uma série de recomendações formais para as autoridades da União, do Estado do Maranhão e do município de Açailândia, as empresas: Vale SA e siderúrgicas da região, o BNDES.
Ferro Gusa, lingotes produzidos nas siderúrgicas
Fornos, até trabalho escravo já gerou
 As entidades que assessoraram a pesquisa dizem-se extremamente preocupadas pelos projetos atuais de duplicação dos trilhos ao longo de toda a Estrada de Ferro Carajás. 

“Além de estarmos questionando oficialmente a legitimidade dos licenciamentos ambientais desse enorme empreendimento, perguntamo-nos, em nome de várias comunidades tradicionais e locais que estamos acompanhando, quais serão os benefícios reais para as famílias e territórios e quais, ao contrário, os novos impactos necessários para garantir o dobro de escoamento e lucro para uma única grande multinacional”, afirmou Danilo Chammas, advogado da Rede Justiça nos Trilhos.

Para o padre Dário Bossi, missionário comboniano e membro da Rede de Justiça, o que está em questão é o modelo proposto pela Vale. 
Padre Dário Bossi

“Vários setores da sociedade maranhense há tempo estão colocando em discussão o papel da Vale como ‘agente de desenvolvimento’ de nossa região. Falta escutar a voz das comunidades, redistribuir para elas, com mais justiça, os enormes lucros da companhia e permitir que sejam protagonistas de suas formas de organização econômicas e sociais”, declarou (Da Assecom/Gab. Dep. Bira do Pindaré).


Saiba mais:
 FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS APRESENTA RELATÓRIO DE VIOLAÇÕES EM AÇAILÂNDIA  
http://eduardohirata.blogspot.com/2011/05/federacao-internacional-dos-direitos.html

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