Sim, ela é a fotografia de um
momento, o instantâneo que fixa o sentimento e a opinião dos eleitores na data
em que ela foi feita. Ao mesmo tempo ela é muito mais que o registro
fotográfico de um momento.
Os eleitores não são tão volúveis
a ponto de que, a cada nova pesquisa possam mudar completamente suas opiniões.
Assim como uma série de fotos de
uma mesma pessoa revelará diferenças – cada uma será ligeiramente diferente das
demais – elas também revelarão a semelhança básica, decorrente do fato de que
se trata de uma mesma pessoa.
Nas pesquisas ocorre o mesmo. Os
eleitores têm opiniões sobre questões políticas que possuem variados graus de
consistência e permanência. Muitas destas opiniões estão cristalizadas e não
mudam.
O eleitor, além disso, como
qualquer pessoa, valoriza a sua coerência. Coerência com decisões de voto que
teve no passado, coerência com princípios que valoriza, coerência com as
prioridades que tem e coerência com a imagem que possui dos candidatos.
Essa lealdade às suas coerências
assegura uma base de permanência aos resultados, contrariando o pensamento
ingênuo de que os resultados não passam da foto daquele momento.
Nenhuma pesquisa, individualmente
considerada, mormente se tiver sido realizada com muita antecipação em relação
ao dia da eleição, pode ser considerada definitiva. Entretanto, no mínimo, elas
indicam tendências.
“A pesquisa não passa de uma fotografia do momento. A única pesquisa
que importa é a das urnas, e, quando chegarmos lá, os resultados serão muito
diferentes”.
Tudo bem que o candidato, em
plena campanha, dê aquela resposta padrão para sair da “saia justa” em que
ficou, com uma pesquisa revelou resultados desfavoráveis:
Tudo mal se começar a acreditar
no que disse, o que ocorre com muito maior freqüência do que pode parecer.
A pesquisa é sempre um aviso,
desvela tendências, indica o quanto a candidatura está “pegando” no eleitorado.
Se os resultados são negativos, há que encontrar as razões para eles e os meios
de corrigi-los. Se positivos, há que identificar as razões para continuar na
linha certa. (Francisco Ferraz, do site Política & Políticos)

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