O deputado Raimundo Cutrim não faz mais parte do
Partido Social Democrático (PSD). Ele protocolou ontem a sua saída da
legenda, sob a justificativa de não ter conseguido apoio de
correligionários à criação da CPI da Agiotagem. O parlamentar colheu 12
assinaturas, mas são necessárias 14, no mínimo, para a formação de uma
comissão. O PSD tem seis membros e forma a maior bancada independente na
Assembleia Legislativa.
Raimundo Cutrim tem
tentado criar a CPI da Agiotagem, desde que seu nome foi vinculado ao
assassinato do jornalista Décio Sá. A Secretaria de Segurança pediu
autorização do Tribunal de Justiça para investigar o parlamentar, que
tem foro privilegiado. Aluísio Mendes afirma que Cutrim tem envolvimento
com os indiciados pelo crime.
Para o parlamentar,
não havia outra alternativa a não ser deixar a legenda. "Desde o momento
em que iniciei a discussão para criar a CPI na Assembleia, não houve
qualquer manifestação do partido. Não recebi apoio, por isso não tinha
como eu continuar lá. Pedi para sair", disse.
Na
qualidade de líder, Cutrim chegou a cobrar publicamente um
posicionamento do PSD em relação à ausência de assinaturas no
requerimento da CPI. Também estava insatisfeito com a falta de defesa
por parte do partido, naquilo que considerou ataque sistemático da mídia
contra ele. "O PSD não demonstrou apoio a minha pessoa em nenhum
momento. Como era eu o insatisfeito, acredito que tomei a decisão
correta", completou.
Ao todo, o PSD tem seis
membros na Assembleia Legislativa. É a maior bancada independente na
Casa. O PV, que também forma bancada independente, tem quatro deputados.
Integram
o PSD no Legislativo os deputados André Fufuca, Alexandre Almeida,
Carlos Alberto Milhomem, Camilo Figueiredo e Dr. Pádua. (Ronaldo Rocha da editoria de Política do jornal O Estado do Maranhão)
Minha opinião:
Realmente, parece que não apenas o PSD, mas o grupo Sarney abandonou o deputado Raimundo Cutrim na chapada, o entregou às feras. Falando grosso, Cutrim afirma que está sendo vítima de uma armação para destrui-lo, quando lhe acusam de vários crimes, tais como grilagem de terras e de ser um dos mandantes do assassinato do jornalista Décio Sá.
Se a Mesa da Assembleia Legislativa não fosse tão subserviente ao Palácio dos Leões, bem que poderia resolver isso, pedindo ao Ministério da justiça que coloque a Polícia Federal para investigar o envolvimento ou não do deputado nesses crimes, já que a Polícia Civil do Maranhão fica sob suspeita diante das alegações do deputado, que da tribuna da AL desclassificou de toda maneira e acusou o secretário de Segurança Aluísio Mendes de estar por trás de armações para incriminá-lo.
É isso, caros leitores, o Maranhão emaranhado, que esperamos um dia ver diferente, sem esses assuntos pautando nossa crônica política.
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