quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A INSEGURANÇA E A VIOLÊNCIA NO MARANHÃO NÃO É APENAS NA CAPITAL OU NOS PRESÍDIOS: O INTERIOR PEDE SOCORRO!



DOM PEDRO, PORTO FRANCO, SÃO JOÃO DO PARAÍSO, SÍTIO NOVO, SÃO PEDRO DOS CRENTES... SÃO APENAS ALGUNS EXEMPLOS. QUANTO MENOR A CIDADE OU DISTANTE A REGIÃO A COISA FICA MAIS FEIA, NÃO EXISTE POLÍCIA JUDICIÁRIA PARA INVESTIGAR OS CRIMES E O POLICIAMENTO MILITAR É INSUFICIENTE.



Desde que estouraram as rebeliões em Pedrinhas com os desdobramentos violentos que culminaram até com a morte de uma criança e outras vítimas que até hoje sofrem ainda com risco de morte, que a opinião pública direcionou seus olhos para a capital, esquecendo-se do interior do estado, onde a violência e a insegurança com pouca ou nenhuma atenção do estado campeiam livres, embaladas pela sensação de impunidade.

Mesmo em cidades do porte de Imperatriz, Açailândia ou Presidente Dutra, onde a presença do estado é maior a violência está a níveis insuportáveis. 

Mas a coisa fica mais feia nas pequenas cidades onde não existe polícia judiciária para investigação e o policiamento militar é insuficiente.

Dou inicialmente como exemplo a cidade de Dom Pedro, na região central. Ali, além da pistolagem e assassinatos em série até agora pouco esclarecidos, o assalto à mão armada, arrombamentos, furtos e latrocínios acontecem com frequência. Em alguns bairros periféricos e até mesmo no centro da cidade não se pode mais nem sentar na porta nos finais de tarde, costume tão comum no interior maranhense. 

Em algumas dessas cidades a violência vem também dos poderosos, políticos que se cercam de jagunços ou pistoleiros para se protegerem, intimidar adversários e pela força dominar a população (Veja).

Andar armado também é comum, seja de arma branca, um colt 38 ou mesmo pistolas 7.65 e 1.40, no estilo “velho oeste” onde imperava a lei do mais forte ou o mais rápido no gatilho.

Aqui na região tocantina e Sul do Maranhão a situação também é gritante na segurança pública. Basta constatar a situação de São João do Paraíso e Porto Franco, depois dos últimos acontecimentos que ocorreram pela falta de policiamento, quando nota-se que a presença do braço armado do estado é pífia e não amedronta arruaceiros que transformaram o ultimo fim de semana em sangue, choro e lamentações.

Viatura da PM de São João do Paraíso, crivada de balas
Em São João do Paraíso já é comum bandidos assaltarem lotéricas ou bancos postais. Na última balearam até o chefe do destacamento, Sargento Ribamar que quase foi à óbito diante dos ferimentos. Quando se fala em destacamento a impressão é de uma tropa, mas não é nada disso, nessas cidades não tem mais de três ou quatro policiais com viaturas em péssimo estado de conservação, armamento obsoleto e até a falta de combustível (Veja).

Para se ter uma ideia da gravidade do problema, no final de semana um arruaceiro conhecido apenas pelo apelido de “Gol” esfaqueou o conhecido jovem Rogério Sousa, filho do falecido ex-vereador Miguel Toró, a PM foi chamada, mas o único policial de plantão disse que não poderia ir em busca do criminoso pois tinha uma orientação do comando em Estreito para não sair sozinho nesse tipo de empreitada. Certíssimo o praça, mas o fato é que estando livre o arruaceiro se dirigiu até o Assentamento “Minador”, onde mora, e lá esfaqueou outra pessoa, depois se evadindo para lugar desconhecido.

Na mesma região na estrada de Sítio Novo para São Pedro dos Crentes, carros de passageiros estão sendo assaltados toda semana. Bandidos levam o dinheiro de pequenos produtores que se deslocam para fazer compras ou vender seus produtos e de idosos aposentados. Uma lástima!

Major Luna, agora está em Grajaú
Em Porto Franco, uma cidade polo, onde a delegacia de polícia é responsável pelos acontecimentos de São João do Paraíso, Lajeado Novo e Campestre, onde a cadeia pública guarda presos dessas cidades circunvizinhas a questão é política, pirraça de Roseana contra o grupo político liderado pelo ex-prefeito Deoclides Macedo que governa o município. 
 
Lá havia uma Companhia independente de Polícia que além de ter orçamento próprio recebia toda ajuda possível da prefeitura para cumprir sua missão. Mas assim que assumiu o governo, depois do golpe contra Jackson Lago, Roseana retirou o mini quartel de Porto Franco e criou outro em Estreito. O problema não foi criar a Cia de Estreito, pois lá também sempre foi carente de atenção nessa área, mas sim desativar a Cia de Porto Franco, uma cidade pólo, diminuindo drasticamente o numero de policiais no município. 

Por último, com a transferência do Major Luna de Porto Franco para Grajaú a população se ressentiu da presença de um oficial que “botava moral” na cidade, sempre diligente e atuante a qualquer hora do dia ou da noite que alguém precisasse de seus serviço.

Prefeito Adersinho
Segundo disse ao blog o prefeito de Porto Franco Aderson Marinho, o "Adersinho" (PDT), a situação é insustentável, mas não por falta de apelos feitos  ao governo. 

"Estivemos ano passado através da Deputada Valéria Macedo com o secretário Aluísio Mendes, quando entregamos a ele nossas reivindicações para melhorar a segurança pública em Porto Franco, agora vamos  pedir oficialmente que reforce a segurança, pelo menos na sede do município durante o período carnavalesco, já que por ocasião dos quatro dias de festa a cidade recebe milhares de foliões da região e de todo o Maranhão", disse Adersinho.


Tomara que dê tudo certo. Faltam pouco mais de 9 meses para Roseana entregar o governo, quando finalmente esperamos ficar livres de tanta incompetência, mas até lá além de nos apegarmos com Deus rogamos para a filha de Sarney e seu secretário Aluísio Mendes, que olhem para o interior do Maranhão e cumpram sua obrigação a de dar segurança à população.

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