A
obra foi anunciada durante a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, e
chegou a ter cerimônia de lançamento com a presença de Roseana Sarney, à
véspera da eleição de 2010.
O
deputado federal Domingos Dutra (SDD/MA), quer que as investigações da
CPI da Petrobras sejam estendidas à Refinaria Premium, no município de
Bacabeira, no Maranhão. Segundo o parlamentar, o projeto também pertence
à estatal, e mesmo com as obras inacabadas já foram gastos quase R$ 2
bilhões.
A
obra foi anunciada durante a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, e
chegou a ter cerimônia de lançamento com a presença de Roseana Sarney, à
véspera da eleição de 2010. A refinaria de Bacabeira, junto com a
promessa de entrega dos 72 hospitais, foi o mote das promessas da
governadora para se reeleger. Mas, em 2012, a Petrobras colocou o
projeto na geladeira para revisão.
“Eu
espero que além das investigações que tem sido ventilado pela imprensa,
esta CPI chegue ao Maranhão. Em 2010 o Presidente Lula, o Sr. José
Sarney, o Ministro Edison Lobão e a Governadora do Estado fizeram a
maior propaganda no período eleitoral da Refinaria Premium. O programa
eleitoral da Sra. Roseana Sarney foi basicamente em cima da propaganda
de que em 2014 a refinaria iria jorrar gasolina e derivados para todo o
Brasil e para o mundo”, adiantou o deputado, que prosseguiu.
“Ganharam
as eleições em cima dessa fraude, gastaram quase de 2 bilhões de reais
só na terraplanagem; e hoje, onde estaria funcionando a refinaria, só
tem tiririca, fedegoso, unha de gato e mata-pasto. E dizem que tem muita
gente importante envolvida nesse desvio de dinheiro da refinaria de
Bacabeira, porque todas as pedras, todos os materiais utilizados nessa
fase da terraplanagem, pertencem a figuras políticas do Estado do
Maranhão”, acrescentou indignado o deputado Dutra, em discurso
proferido hoje (16.04), no plenário da Câmara dos Deputados, em
Brasília.
As
obras de terraplanagem da área definida pela Petrobras para instalar a
refinaria custaram R$ 789 milhões a mais do que o previsto no contrato
inicial – que era de R$ 711 milhões –, assinado em 14 de julho de 2010
entre a estatal e o consórcio GSF (Queiroz Galvão, Serveng e Fidens),
vencedor da licitação para tocar os serviços. O valor gasto na
terraplanagem foi de R$ 1,5 bilhão – mais do que o dobro do previsto
inicialmente.
O
custo total previsto para a construção da refinaria no Estado do
Maranhão é de R$ 20 bilhões, mas com os chamados termos contratuais
aditivos, a obra deve dobrar de preço, como aconteceu nos serviços de
terraplanagem.
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