Governador reafirma compromisso com aliados e diz que 2025 é ano de trabalho, não de sucessão.
“Não mandei recado para ninguém. Fiz apenas uma sinalização. Este ano é para executar as obras do governo, que são muitas. Não podemos perder o foco do que foi planejado”, disse. A fala ecoa uma lógica de preservação: não abrir o tabuleiro político cedo demais, evitando fissuras dentro do grupo governista em meio a um cenário nacional ainda instável e polarizado.
Brandão reforçou que 2026 ainda está distante para qualquer definição sobre nomes ou alianças. “Não tenho nome porque ainda não discuti a respeito. O que disse em Bacabal vou repetir: não vamos apoiar candidato que não esteja alinhado com o nosso grupo político”, reiterou, deixando claro que o critério básico para eventual apoio será a fidelidade à coalizão que sustenta seu governo.
Sobre uma possível mudança de partido, também preferiu a ambiguidade calculada: “Por enquanto, não está nos planos trocar de partido. Mas, como nada é definitivo em política, lá na frente… as coisas poderão ser diferentes”.
Ao evitar alimentar especulações, Brandão preserva duas frentes cruciais: a governabilidade — garantindo que a agenda de obras e investimentos siga sem ruídos — e o capital político de sua base aliada, que depende, em grande parte, da centralidade que ele ainda ocupa.
Ao fim, o governador parece enviar, sim, uma mensagem — mas não aos adversários, e sim ao próprio grupo: o momento é de lealdade e entrega administrativa, não de disputa interna. O comando da sucessão é dele, quem se antecipar demais, corre o risco de se queimar antes da largada.
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