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quarta-feira, 21 de março de 2018

SUZANO E FIBRIA ANUNCIAM FUSÃO

A transação é garantida por um consórcio de bancos privados e o fechamento está sujeito à aprovação de agências antitruste.

Após o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovar a consolidação entre Fibria e Suzano Papel e Celulose, as duas maiores produtoras mundiais de celulose de eucalipto confirmaram a combinação de seus negócios na última sexta-feira. 

A Suzano comprará a totalidade das ações da concorrente com dinheiro e ações e a família Feffer, dona da Suzano, ficará com 45,5% da companhia que resultar após a operação. Pelo acordo, os acionistas da Fibria receberão R$ 52,50 por cada papel que detêm na maior produtora de celulose de eucalipto do mundo. Além disso, ficarão com participação na rival, na relação de troca de 0,4611 ação da Suzano por cada 1 da Fibria. Isso avalia a Fibria em cerca de R$ 34 bilhões, 14% a menos após emissão de novas ações da Suzano.

Os valores em dinheiro serão corrigidos pelo CDI a partir de ontem, data da assinatura do acordo, até a conclusão efetiva da operação. Também serão ajustados conforme possível distribuição de proventos.


Vale recordar que as companhias voltaram a conversar sobre a combinação de suas operações no segundo semestre de 2017 e as negociações ganharam ritmo nas últimas semanas. A Paper Excellence, dos mesmos donos da Asia Pulp and Paper (APP), também estava na disputa e chegou a apresentar uma nova proposta pela Fibria.

Uma vez consumada a operação, Fibria e Suzano informaram que suas ações e ADRs - recibos de ações - deixarão de ser negociadas na B3 e na Bolsa de Nova York, respectivamente. A Suzano ainda disse que buscará abrir registro da Securities and Exchange Commission (SEC), reguladora do mercado de capitais americano, para listar as ações na Nyse.

A operação será submetida à aprovação de autoridades concorrenciais no Brasil e exterior. Se as restrições forem onerosas, a Suzano pode desistir da operação e pagará à Fibria uma multa de R$ 750 milhões.

Do lado da Fibria, o conselho de administração deve deliberar sobre a adesão em até 15 dias e os acionistas dissidentes terão direito de recesso. A Fibria, no entanto, ainda informará no futuro o valor de reembolso.

"Até a data da consumação da operação, as companhias não sofrerão qualquer alteração na condução de seus negócios, e permanecerão operando de forma independente", informou a Fibria, em fato relevante. Está vetada a negociação com terceiros que possa vir a frustrar a união das duas.

Em seu comunicado, a Suzano ainda revelou que fechou compromissos firmes com bancos internacionais para poder levantar US$ 9,2 bilhões, mas o desembolso desse montante dependerá da consumação da união. A companhia também assinou com o BNDESPar um acordo de votos e outras avenças que -- se a fusão de fato ocorrer -- regula compromissos de governança corporativa e de políticas financeiras e ambientais.

BNDES

No fim da noite de quinta-feira, o BNDES comunicou a aprovação da consolidação entre Fibria e Suzano. Por meio da BNDESPar, o banco de fomento detém pouco mais de 29% de participação na Fibria e quase 7% na Suzano.

"As negociações foram conduzidas em comum acordo com a Votorantim S.A., com quem a BNDESPar compartilha o controle da Fibria", destacou o BNDES em nota.

A instituição observou que vai receber "parte significativa" do pagamento por sua participação em dinheiro, ou cerca de R$ 8,5 bilhões, além de ações da companhia resultante, com a "perspectiva de valorização a partir dos ganhos sinérgicos e de produtividade advindos da transação". As sinergias de uma combinação entre Suzano e Fibria estão estimadas em mais de R$ 10 bilhões.

Acionistas minoritários vão receber dinheiro e ações nas mesmas condições dos controladores, que não foram detalhadas na nota do banco à imprensa. O braço de participações do BNDES terá "participação relevante" na empresa resultante, mas será acionista minoritário.

"A operação garantiu o fortalecimento do mercado de capitais, conforme a missão do BNDES, e manteve uma empresa aberta no mercado brasileiro", informa o banco. Além disso, foram negociadas melhorias de governança, incluindo uma política de indicação de conselheiros independentes.

A transação é garantida por um consórcio de bancos privados e o fechamento está sujeito à aprovação de agências antitruste. O BNDES informa ainda que o "fim das negociações encerra um ciclo exitoso" de participação na Fibria. (Por Stella Fontes, Graziella Valenti, Marcelle Gutierrez e Renato Rostás | Valor)

Suzano e FibriaUm sonho que não ficou só no papel

Imperatriz-MA - “Estamos transformando em realidade o sonho de criar uma empresa que será um orgulho para o Brasil em um setor que o País já é um orgulho: o agronegócio”, diz Walter Schalka, Presidente da Suzano Papel e Celulose. “A gente planta, colhe, produz e transforma a celulose, uma matéria-prima renovável que é a base de produtos que fazem parte da vida das pessoas em todo o mundo”.
            A Suzano e a Fibria, que já têm valores e princípios similares, construirão um futuro juntas. A companhia resultante dessa união terá 37 mil colaboradores (diretos e terceiros), com ativos estrategicamente posicionados no Brasil e no mundo. Com 11 unidades industriais e capacidade de produção anual de 11 milhões de toneladas de celulose de mercado e de 1,4 milhão de toneladas de papel, com volumes anuais de exportação de cerca de R$ 18 bilhões e investimentos anuais previstos para 2018 de aproximadamente R$ 6,4 bilhões. Seu custo caixa estará entre os mais baixos do mundo no setor, solidificando sua eficiência e ampliando sua competitividade no mercado internacional, disputado por mais de 50 players.

            “Estamos anunciando uma transação equilibrada e que reafirma a nossa estratégia de negócios”, explica Schalka. O compromisso firmado entre os controladores da Suzano e da Fibria estipula que uma ação da Fibria receberá R$ 52,50 por ação, corrigidos pelo CDI desde esta data até a liquidação financeira da operação, além de 0,4611 ação da Suzano, ajustadas conforme os documentos da operação.

            A Suzano lançará ADR Nível 3 na Bolsa de Nova York (NYSE), manterá classe única de ações, 100% de Tag Along e passará a ter Free Float superior a 50%. Nos próximos meses, a Suzano buscará os registros pertinentes na SEC (Securities and Exchange Commission), ou terá obtido sua isenção, e serão convocadas as Assembleias de acionistas da Suzano e da Fibria.

            Com o anúncio de hoje, a Suzano reforça seu compromisso com os mais altos níveis de Governança Corporativa, com bases ainda mais sólidas de transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. Recentemente, em novembro de 2017, a companhia ingressou no Novo Mercado da B3, convertendo suas ações preferenciais em ordinárias na proporção de um para um. Esse movimento representou um passo estratégico para novos ciclos de crescimento como o que está sendo anunciado hoje, reafirmando seu compromisso com o Brasil, com o mercado de capitais e todos os stakeholders (públicos de interesse).

       A empresa terá forte geração de caixa, foco em Investment Grade, e reforça sua Política Financeira, que prevê uma alavancagem alvo entre 2,0 e 3,0 vezes Dívida Líquida/EBITDA no longo prazo. Estimativas preliminares de analistas indicam valor presente de sinergias de cerca de R$ 8 a R$ 10 bilhões nas áreas florestal, de logística e suprimentos, entre outros. A transação contou com linhas de financiamento de um grupo de bancos internacionais (BNP Paribas, J.P. Morgan, Mizuho e Rabobank).

            A Suzano continuará comprometida com os princípios de meritocracia e com a criação e o compartilhamento de valor. Seu propósito é desbravar cultivando a vida, por meio dos seus valores de explorar a inovação, plantar o cuidado, colher o orgulho e ser melhore a cada dia, sempre com transparência, respeito e confiança. “Estamos criando um futuro forte e gentil”, diz Schalka. (Assessoria)