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terça-feira, 21 de novembro de 2017

AGORA LASCOU! EMPRESÁRIO CONFIRMA PAGAMENTO A FANTASMAS

Antonio Nogueira confessou que a Quality era uma empresa de fachada, cuja atividade limitava-se a receber e repassar valores da Saúde.

O empresário Antonio Nogueira, sócio-proprietário da Quality Serviços Médicos Ltda – uma das empresas alvo da Operação Pegadores – confirmou, em depoimento à Polícia Federal, que dinheiro da Saúde estadual foi utilizado para o pagamento de funcionários fantasmas.

Essa é a uma das principais acusações da PF contra membros do governo Flávio Dino (PCdoB) investigados pelo desvio de pelo menos R$ 18 milhões.

Ao pedir à Justiça Federal a prorrogação das prisões de Rosângela Curado, Antonio Augusto Aragão, Ideide Lopes, Luiz Marques Barbosa Júnior e Mariano de Castro Silva (saiba mais), os federais apresentaram à juíza Paula Souza Moraes, da 1ª Vara Criminal da Justiça Federal no Maranhão, o depoimento de Nogueira.

Nele, o empresário afirmou que a empresa foi criada a pedido de um cunhado de Mariano de Castro Silva – então assessor especial da Rede de Assistência à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES) – , e que por ela passavam, basicamente, recursos oriundos do IDAC.

“Disse, também, em seu depoimento, que foram feitos pagamentos, a pessoas que não prestavam serviços nas unidades hospitalares, corroborando os elementos de prova que acompanharam a representação inicial, no sentido da existência de esquema de desvio de recursos públicos por meio de pagamento de ‘funcionários fantasmas'”, diz o despacho da magistrada.

Empresa fantasma

Ainda durante o interrogatório, Antonio Nogueira confessou que a Quality era uma empresa de fachada, cuja atividade limitava-se a receber e repassar valores da Saúde.

Segundo ele, Mariano Silva era o responsável por garantir que as notas fiscais para os pagamentos à empresa fossem atestadas.

“Ao cruzar referida informação com as notas fiscais apreendidas na sede do IDAC durante a 4ª Fase da Operação Sermão aos Peixes (denominada Operação Rêmora – relembre), […] a Autoridade Policial encontrou notas atestadas por ROSÂNGELA APARECIDA DA SILVA BARROS (ROSÂNGELA CURADO) e LUIZ MARQUES BARBOSA JÚNIOR, em favor da QUALITY”, acrescenta a juíza Paula Moraes.

Com base nesse e, em pelo menos outros dois depoimentos de alvos da Operação Pegadores, a magistrada acabou acatando o pedido da PF, e prorrogando as prisões de cinco dos 17 acusados. (Gilberto Leda)