quinta-feira, 13 de maio de 2010

MPF/MA propõe ação civil pública contra o estado e a empresa Suzano


Já colocando "as barbas de molho", queremos a Suzano aqui, queremos emprego, renda, mas também queremos um Meio Ambiente saudável, com culturas diversificadas no campo, onde tenha eucalipto mas também tenha feijão, arroz, milho... E que nossos rios, fontes e mananciais permaneçam vivos para o bem da nossa e das gerações futuras.




Tudo bem que a gente fica alegre e abre os braços para qualquer empresa que queira vir para Imperatriz trazer emprego e renda para nossa gente, mas essa loucura nossa por empregos e desenvolvimento econômico não pode ser cega. Vivemos num mundo onde além da luta pelo emprego, também se desenvolve a luta por melhor qualidade de vida, até mesmo pela continuação da existência do planeta e da raça humana e nesse contexto qualquer iniciativa empresarial não basta dar empregos, tem que respeitar o Meio Ambiente, tem que trazer desenvolvimento, mas de maneira sustentável.

Pois bem, nesse momento em que estamos eufóricos com a decisão da Suzano Papel e Celulose S.A em instalar uma fábrica em nosso município, vemos hoje publicadas na imprensa em geral, matéria da assessoria de comunicação do Ministério Público Federal informando que está propondo uma Ação Civil Pública com pedido de liminar contra e Estado do Maranhão e essa empresa que estaria desrespeitando a legislação com possíveis impactos ambientais causados pela plantação indiscriminada de eucalipto em Santa Quitéria, município maranhense localizado na região conhecida como Alto Parnaíba.

Como diz a música de Roberto Carlos, não podemos ser contra o progresso, mas temos que ter bom senso. Já colocando as barbas de molho, queremos a Suzano aqui, queremos emprego, renda, mas também queremos um meio ambiente saudável, com culturas diversificadas no campo, onde tenha eucalipto também tenha feijão, arroz e milho e que nossos rios, fontes e mananciais permaneçam vivos para o bem da nossa e das gerações futuras.

Dei o meu recado, minha opinião. Agora confiram a matéria da assessoria do MPF/MA:

MPF/MA propõe ação civil pública contra o estado e a empresa Suzano

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) propôs ação civil pública, com pedido de liminar, contra o estado do Maranhão e a empresa Suzano Papel e Celulose S.A, em relação ao plantio de eucaliptos na região do Baixo Parnaíba.

Na ação, o MPF/MA requer a anulação de todos os atos administrativos praticados pelo Estado do Maranhão referentes às licenças prévias, de instalação e de operação, além da autorização da supressão de vegetação concedidos para o empreendimento florestal da Suzano no Baixo Parnaíba.

A empresa pretende realizar o plantio de eucalipto em uma área de aproximadamente 42 mil hectares no Baixo Parnaíba, afetando principalmente o município de Santa Quitéria, com a possibilidade de impactos à bacia do rio Parnaíba, em empreendimento que foi iniciado pela empresa Margusa.

Segundo o MPF, várias irregularidades foram verificadas no licenciamento da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e de Recursos Naturais do Estado do Maranhão (Sema); os impactos podem alcançar o rio Parnaíba, que é de domínio federal, além do estado vizinho do Piauí, considerando que nesse estado a empresa vai desenvolver atividade semelhante.

Além disso, a Sema concedeu autorização para desmatar mais de cinco mil hectares, quando teria poderes para permitir somente o corte de até mil hectares de vegetação, conduta que pode prejudicar o cerrado maranhense.

E, mais, as licenças de instalação e operação da empresa foram concedidas no mesmo dia, o que é ilegal.

Assim o MPF entende que as licenças prévias, de instalação e operação da empresa, expedidas pela Sema são irregulares. Para o MPF, os estudos deveriam ser submetidos à análise do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais e Renováveis (Ibama), que tem competência para a análise. (Assessoria de Comunicação - PR/MA)

2 comentários:

Anônimo disse...

Prezado Jornalista,
Quero parabenizá-lo por essas reflexões. É isso mesmo,não podemos de olhos fechados abrir os braços para esse tipo de empreendimento. Como vcê bem coloca ai não podemos ser radicais, mas sim exigirmos que tudo seja feito dentro dos limites aceitáveis. (Professor Enio Pereira)

Anônimo disse...

Outro dia, no caminho para visitar uma propriedade rural de um amigo, este indagou no caminho sobre a plantação de eucalipto e, sem me dar conta da abrangência da pergunta, respondi logo que é uma cultura que se faz em terras não mecanizáveis e imprestáveis para a agricultura. Soube depois que o mesmo estava analisando uma proposta para tornar sua excelente propriedade numa "floresta-morta" de eucaliptos. Aí me veio a percepção de que só pode ter aí uma fortíssima distorção de mercado, com alguém auferindo subsídios para cometer tal sacrilégio com uma terra daquelas. Fato é que a indústria de papéis é uma das mais poluidoras que se conhece e tem por aí um vereador que se gaba por nos ter trazido essa estrovenga.