terça-feira, 10 de novembro de 2009

Insegurança pública em Imperatriz

Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão, o Simpol, Amon Jessem, denuncia em contundente artigo a insegurança em Imperatriz, onde as maiores vítimas tem sido os jovens.

Veja o artigo, originalmente publicado no site do Simpol, postado por Edmilson Sanches numa página de sua responsabilidade no Jornal Capital e reproduzido aqui:

Imperatriz: a responsabilidade é do Poder Público

É incompreensível que na Cidade de Imperatriz sejam mortos, em média, mais adolescentes do que em São Paulo. São dados estarrecedores que envergonham todos os Governos Estaduais que contribuíram e contribuem para esta situação alarmante.
A fonte do estudo pesquisa é da ONG - Observatório de Favelas e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e divulgado nacionalmente pelo Ministério da Justiça, não cabendo a interpretação dúbia de ser uma pesquisa encomendada para culpar qualquer secretário ou dirigente governamental, situação esta, que ocorre quando não se deseja discutir com maturidade e responsabilidade os fatos reais.
A pesquisa encontra-se no site do SINPOL publicada em noticias. Por varias vezes, escrevi e denunciei na mídia que a situação de insegurança e violência vivida no seio da sociedade Imperatrizense é focada num tripé, que poderá ser facilmente resolvida, bastando que para isso, deixem de inventarem soluções inalcançáveis e desprovidas de eficácia. Os dirigentes da policia civil gostam muito de falar e agem lentamente, estão sempre sonolentos e com o freio de mão puxado, quando muito, fingem que não escutam as vozes que vem das praças, das vilas e dos rincões mais distantes, ignorando intencionalmente o grito dilacerante dos mais atingidos, os pobres e os famintos por segurança e cidadania.
Em 2008, ocorreram 120 homicídios em Imperatriz, este ano, pelo badalar dos sinos, o numero será superado (não que eu deseje), urgentemente é preciso criar uma Delegacia de Repressão as Drogas, grande parte dos homicídios em Imperatriz tem relação com o submundo das drogas, e os “especialistas e doutores” da segurança pública no Maranhão fingem que não sabem, é melhor se fingir de morto para comer o c....do coveiro!
O Brasil só sairá da classificação de país de terceiro para o de primeiro mundo quando houver a universalização de energia elétrica, água tratada, saneamento básico e quando a logística de transporte interligar o país de norte a sul, de leste a oeste. Outro item imprescindível para sairmos do terceiro mundo é garantir a boa escola pública para todos os brasileiros, com ensino médio profissionalizante e a garantia de estágio em empresas. Todos os brasileiros de boa escolaridade sabem disso, mas é necessário que a classe política, os Governadores, os Prefeitos e o Presidente da República também saibam, somente 3,5% do orçamento do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) foi aplicado nas obras de infraestrutura, tão importante para o Brasil; é fundamental desvendar essa caixa preta, aonde foi parar o trilhão e sessenta bilhões que a população brasileira pagou de impostos em 2008?
Tenho convicção, que uma delegacia de narcóticos em Imperatriz, com dois delegados, dez investigadores e dois escrivães, duas viaturas descaracterizadas e uma viatura padronizada, bem como um instituto de criminalística equipado para materializar a prova, devendo funcionar (a delegacia) distante da sede da Regional, com isso conseguiremos reduzir significativamente nos quatro primeiros meses, em 30% o numero de homicídios registrados na cidade de Imperatriz, que tenham como origem o tráfico de drogas, não tem mistério, é simples e fácil de resolver, tá faltando competência e gerenciamento, e se não agirem, tenham certeza, muito sangue será derramado, inclusive de inocentes. (Amon Jessen presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão -SINPOL-MA).

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