"O caso revela que o autoritarismo, egresso das masmorras da ditadura militar, ainda desfila impune nos quartéis da PM maranhense, lamentavelmente”, diz advogado.
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Rafael Teixeira, atrás das grades... |
Ganha repercussão na cidade de Imperatriz a prisão do soldado da Polícia Militar Rafael Teixeira Sousa, preso numa das celas do 3º Batalhão PM de Imperatriz desde a manhã de quarta-feira, 4 de janeiro de 2012, acusado de haver insultado e ameaçado de morte o médico militar Alberto Nasser.
Consta do depoimento do tenente coronel Nasser que o soldado Rafael, durante visitação médica, para homologação de atestado psiquiátricos, se alterou, proferindo insultos e até ameaçando de morte o seu superior, fato que teria ensejado na prisão do praça.
A fala das testemunhas sobre a ocorrência é divergente, ora sustentando a denúncia da suposta vítima ora negando a acusação que se imputa ao acusado.
O soldado Rafael, por sua vez, nega a acusação e revela que foi humilhado, tratado com desdenho e, ainda, que o médico do Quartel Alberto Nasser ignorou tanto o atestado quanto o laudo psiquiátrico reveladores de sua insanidade.
“Ele disse que eu estava mentindo e querendo enrolar e que os atestados nada valiam”, disse o PM diante da inquirição.
A defesa do preso, bancada pela Associação de Cabos e Soldados da Região Tocantina reagiu à prisão do policial e tenta, na justiça, a liberdade do PM.
“O flagrante lavrado no Quartel do 3º BPM tem o mofo e o mau cheiro do porão onde ele foi forjado. Temos convicção que o Paciente não praticou os crimes que se lhes imputam assim como sabemos que a forma em que o flagrante foi inspirado e produzido desafia a impetração da ordem libertatória. Vamos, em nome da Justiça, libertar o soldado Rafael”, disse, convicto, o advogado do preso Daniel Souza.
O advogado acrescentou, ainda, que o PM foi levado ao xadrez do Quartel às 08:30 horas da manhã de quarta-feira, 4 de janeiro de 2012, e que somente à tarde, por volta das 17:30 horas, se lhes informaram de seus direitos constitucionais.
“Muito suspeito. Esse fato demonstra que a lei de ritos penal foi violada, vez que é dever do Estado-Polícia informar ao preso, quando do ergastulamento, das garantias constitucionais inerentes à prisão, mesmo àquela decorrente de situação de flagrância. Ademais, ressalvo, o flagrante poderia ter sido realizado no tempo razoável já que todas as peças se encontravam às mãos da autoridade judiciária, não se justificando, pois, revelar ao preso de seus direitos constitucionais 9 horas depois do encarceramento”, asseverou a defesa.
CONTEXTO
No dia 17 dezembro de 2011, o soldado PM Rafael, de ficha funcional irrepreensível e detentor de bons antecedentes, teve a súbita notícia do falecimento da mãe, morta depois de um fulminante ataque cardíaco.
Fortemente abalado com a notícia, o PM foi encaminhado ao Hospital da Unimed, em Imperatriz, que, depois das primeiras avaliações médicas e diante do quadro depressivo do paciente, o encaminhou a uma consulta psiquiátrica, que diagnosticou, naquele instante, distúrbios mentais do soldado.
No dia 3 de janeiro de 2012, novamente submetido à avaliação médica psiquiátrica, constatou-se, através de laudo da lavra do psiquiatra João Eli, que o PM encontra-se incapacitado para o exercício do cargo, afetado psiquicamente, sujeito a tratamento especializado e a ingestão de medicamentos antipsicóticos, fato que motivou o comandante da Polícia Militar Montada, sediada na cidade de João Lisboa, a encaminhar o PM para o médico do 3º Batalhão PM de Imperatriz, Ten. Cel. Alberto Nasser.
“Esse é o contexto e dele não se pode fugir. As provas são robustas e revelam exatamente isso. Só não entendo como um policial que encontra-se doente, comprovadamente afetado, detentor de bom comportamento, sem qualquer envolvimento com o mundo torpe do crime, é tratado com descaso, desdenho, estupidez e cadeia pela Polícia do Estado do Maranhão. O caso revela que o autoritarismo, egresso das masmorras da ditadura militar, ainda desfila impune nos quartéis da PM maranhense, lamentavelmente”, acentuou o Dr. Daniel Souza.
(Texto enviado pela Assessoria de Imprensa da Assoc. de Cabos e Soldados de Imperatriz e Região Tocantina)
7 comentários:
esse caras com diploma de medico que atende policiais, querem ser os donos da policia, uma vez quando ainda estava na jms quase pego um xadrez por engano por causa da incompetencia de um medico...
O PROBLEMA JOSUÉ , NÃO É A POLICIA MILITAR , COMO UM TODO, MAS SOMENTE O TAL CORONEL, PENSE NUM CABRA SAFADO, IGUINORANTE, PALHAÇO, SEM ESCRÚPULOS NENHUM, O RAFAEL DEVERIA TER DADO UM TIRO NA CARA DESSE SAFADO, ELE PENSA QUE É DONO DO MUNDO , JA FEZ ISSO COM UM MONTE DE OUTROS PM'S , MAS NENHUM TEVE A CORAGEM QUE O RAFAEL TEVE, ESSE SAFADO TA MERECENDO MESMO UM CORRETIVO...
ISSO ACONTECE NÃO SÓ NOS QUARTÉIS,MAIS TAMBEM COM OS MAGISTRADOS JUIZES E OUTRAS AUTORIDADES, ISSO CHAMA SE DITADURA.
Os comentários acima são típicos de PM´s, digo maus PM´s que infelizmente integram este e outros batalhões Imperatriz a fora.
Não é novidade saber que a PM esconde um verdadeiro esquadrão de morte, de aluguel ou por outros motivos, mas repito, composto por maus policiais, tais quais esses que comentaram acima e nem sequer identificaram-se. Apesar de tambem existir um consideravel numeros de bons oficiais, devo acrescentar.
Leonardo Melo
Olá Amigo Josué, Fui um dos primeiros a lhe propor parceria de links, e agora vejo que o meu (http://www.raymundjose.blogspot.com) foi retirado da sua lista.
Amigo, dsejo receber o seu posicionamento atual sobre a nossa parceria, pois o seu link sempre esteve na minha lista.
Aguardo deferimento
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É Inaceitável episódios desta magnitude ainda acontecer em nossos meios, è facil aparecer quando se tem prerrogativas, principalmete em cima de um praça fragilizado com este em epigrafe. E bem caracteristico deste cidadão "Oficial MÉDICO- Nasser" . Ele adora aparecer e tripudiar , principalmente em cima de pessoas que se encontram no mais mais alto grau de fragilidade e precisando de um amparo e conforto psicologico e social. Não é a primeira vz. que este sr. comete discalabros, em outra feita aconteceu com graduado de excelendte comportamento ético o Sr. Sgtº Laércio que por sua vz. tbm foi humilhado e tripudiado perante civís, que ficaram horrorizados com tal comportamento de um superior tomado de um comportamento totalmente avesso para a atitude do momento.
"Episódios como este é que nos arremete não ao ódio mas a mágoa de ter pessoa como ele" " tomando decisões que lhe são alheias a seus conhecimentos, que é o psicologico do proximo...A persona mencionada , deveria trabalhar no sentido de harmonizar e não de dividir colegas com suas decisões grotescas. Ante a tudo,caberia antes de tudo, o bom senso.
(Jordan Ibiapina, bel. em Direito)
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