Revoltados, estudantes cobram do
governo melhorias na educação. Paralisação deve durar por todo o dia de hoje.
Cadeiras quebradas, ventiladores
sem proteção, ora falta livros, ora falta de professores, ausência de merenda
escolar, banheiros imundos, paredes caindo aos pedaços, telhas quebradas,
fiação elétrica exposta, bebedouros mal conservados, infiltrações e tantos
outros problemas que não deviam ter em um ambiente escolar, acontecem na Escola
Parsondas de Carvalho no município de Montes Altos, a 60 km de Imperatriz.
| Placa da última reforma,1992 |
Por isso, esta quarta-feira (23)
pretende ser um dia histórico na cidade, quando a partir das 7h os estudantes
da escola irão às ruas realizar uma extensa manifestação que pretende durar o
dia todo. Insatisfeitos com a situação precária da escola que é a única que
oferece o ensino médio, eles prepararam cartazes, carros de som, e prepararam
uma grande passeata pelas ruas da cidade. Além disso, convidaram a promotoria,
o Conselho Tutelar e outros órgãos para conhecer de perto o descaso com a
educação na região. A direção da escola e os professores não se “manifestaram”
contra a iniciativa dos alunos, mas muitos possuem receio de falar sobre o
assunto.
A manifestação de hoje embora
pacífica, pretende chamar atenção do governo municipal, mas principalmente do Governo do Maranhão, uma
vez que a escola é de competência do estado. Ao saber da visita de Roseana
Sarney pelo sul do Maranhão, os estudantes pedem que seja incluída uma visita
da governadora na cidade, para que a mesma confira “in loco” a situação da
escola e tome providências urgentes.
Dentre as várias reivindicações,
está a de que a escola não dispõe de recursos para realização de provas; faltam
papel e máquina de xérox, por isso em dias de avaliação, é preciso que os
próprios alunos, muitos de baixo poder aquisitivo, paguem para que as provas
sejam realizadas.
Os pais dos alunos também
demostram insatisfação com a unidade escolar. “No momento acho que meu filho
não pode ter uma educação de boa qualidade nessa escola. Com a falta de educadores
os alunos vão ter dificuldade de conhecimento, principalmente os alunos do
terceiro ano, que vão prestar o exame do Enem, vão ter baixo desempenho em algumas
disciplinas que não foram aplicadas neste primeiro semestre. Com certeza terão
uma grande deficiência no seu desempenho”, disse com preocupação Sérgio
Belfort, técnico de futebol e pai de aluna.(dominuto.com)
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