Depois do PT, do PDT e do PSB, o PPS do Maranhão está rachado. Grupos disputam a direção do partido que nunca foi tão grande e que agora, dividido, poderá ficar menor ainda.
Será que é uma sina, que os partidos ditos oposicionistas maranhenses estejam sempre assim, em "mil pedaços"?
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O PSB, hoje sob o comando de Roberto Rocha, tem outra facção liderada pelo ex-governador José Reinaldo Tavares, que conta inclusive com um deputado estadual, Marcelo Tavares. Embora não haja divergências públicas, Rocha levou o PSB para Edivaldo Holanda se tornando seu vice-prefeito e José Reinaldo apoiou João Castelo (PSDB). Em Imperatriz uma ala ficou com Carlinhos Amorim (PDT), outra com Sebastião Madeira (PSDB) e uma terceira lançou um candidato de "faz de conta".
O PDT, depois da morte do ex-governador Jackson Lago, virou uma "Torre de babel". Na eleição passada, em São Luís o partido tinha alas apoiando João Castelo (PSDB), Edivaldo Holanda (PTC), Tadeu Palácio (PP) e outra que decidiu ficar de fora, já que não conseguiu emplacar a tese da candidatura própria. Em Imperatriz, o PDT partiu para uma aventura tendo como muleta o PCdoB, pois a maioria dos filiados e lideranças apoiou Sebastião Madeira (PSDB). Foi um desastre! O candidato a prefeito Carlinhos Amorim ficou em terceiro lugar e o PDT que tinha o vice e fazia parte do governo municipal agora não tem nada, está esfacelado, nem mesmo tem um endereço.
Atualmente os donos do PDT no Maranhão, o Deputado Weverton Rocha e o ex-deputado Julião Amim fingem que está tudo bem e fazem o discurso de uma falsa união que sabemos que não existe.
Agora, o PPS que parecia ser calmo e tranquilo, se tornou um caldeirão de divergências, sendo disputado o mando entre a deputada estadual Eliziane Gama e o deputado federal Simplício Araújo. O vice-prefeito de Imperatriz Pastor Porto, que não fala a mesma língua dos dois primeiros, também gostaria de comandar o PPS, mas como viu que não tinha forças suficientes para entrar na briga preferiu se aliar à deputada Eliziane Gama.
Nem vou falar dos minúsculos PSOL e PSTU, verdadeiros "sacos de gatos", onde se disputa "o nada por coisa alguma".
Como quer a oposição ganhar uma eleição em 2014 toda fracionada e dividida em "mil pedaços"?
Não apenas aqui, mas isso acontece em todo o território nacional porque partidos no Brasil tem donos.
Já escrevi sobre isso aqui no blog: é preciso se criar normas específicas em relação ao funcionamento dos partidos políticos no Brasil, algo que faça prevalecer a democracia interna e acabe com a ditadura de grupos que na contramão das mudanças que estão acontecendo exigindo ética na política, ficha limpa em todos os setores da vida pública, se eternizam nas direções partidárias com manobras vergonhosas provocando cisões, excluindo qualquer forma de alternância de poder nessas agremiações.
Reedito aqui o poster que escrevi ( Partidos, onde está a democracia interna?) em 04 de abril de 2012:
Alguma lei precisa ser criada em relação aos funcionamento dos partidos. acho uma excrescência a maneira como funcionam os partidos brasileiros, com verdadeiros donos, sem ou quase nenhuma democracia interna.
Vejamos: a direção nacional dita regras, mantém as filiais dos partidos nos estados e municípios apenas com Comissões "provisórias" que se perpetuam ou sofrem intervenção à menor discordância dos manda chuvas partidários. Não aceitam criação de diretórios, preferem ficar nas provisórias para poder intervir a qualquer momento.
Não venham me dizer que cada partido tem o seu estatuto e que este é que deve reger seu funcionamento interno, pois isso não tem funcionado.
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Lupi e o famoso avião, alvo de um desmentido de Igor Lago que lhe custou a perda do comando do PDT maranhense |
Dou como exemplo o PDT aqui no Maranhão: Igor Matos Lago ousou falar a verdade no caso do avião que transportou o ex-ministro e perdeu o comando do partido numa canetada de Lupi e Manoel Dias os dois que governam o partido desde a morte de Leonel Brizola.
Mesmo sob o olhar estupefato da classe política nacional e dos apelos e protestos da maioria dos filiados Igor foi alijado.
Portanto, penso que deveria no Direito Eleitoral constar alguma coisa que garantisse a democracia interna nos partidos.
Por exemplo:
1 - Que as comissões provisórias só pudessem ter uma renovação e em seguida ter obrigatoriamente eleição para a escolha de diretório;
2 -Também que nenhuma decisão intervencionista poderia acontecer sem ampla discussão nos três níveis, municipal, estadual e nacional;
3 - Que seguidamente uma pessoa possa presidir o partido apenas duas vezes, assim como está previsto no direito de reeleição para presidente da república, governadores e prefeitos, com os mesmos critérios que impedissem o nepotismo. Por que nos partidos um líder pode se eternizar?
4 - Que existam critérios para que uma mesma pessoa não possa indiretamente comandar vários partidos. É uma vergonha constatar que um prefeito ou liderança se apropria de um partido num município e coloca a esposa ou um filho para tomar conta de outro.
5 - Também no âmbito da Lei da Ficha Limpa, que os dirigentes partidários estejam sob a mesma régua, que somente limpos possam estar na direção dos partidos.
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