A novela do transporte público imperatrizense é antiga, com capítulos de insatisfação dos usuários e o desrespeito da empresa que detém a maioria das linhas para com o município e demais poderes instituídos. Até um prefeito foi assassinado.
No passado Transportes Coletivos Imperial, depois Transportes Coletivos Imperatriz a empresa - que mudou de donos três vezes - foi protagonista até de um capítulo sangrento. Seu antigo dono, Geraldo Hipólito, foi um dos mandantes da morte do então prefeito Renato Cortez Moreira, que impensadamente teve a coragem de quebrar o monopólio da empresa, naquela época a única detentora de todas as linhas no município de Imperatriz.
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Promotor Sandro Bíscaro, acompanha blitz que apreendeu ônibus da VBL |
No passado Transportes Coletivos Imperial, depois Transportes Coletivos Imperatriz a empresa - que mudou de donos três vezes - foi protagonista até de um capítulo sangrento. Seu antigo dono, Geraldo Hipólito, foi um dos mandantes da morte do então prefeito Renato Cortez Moreira, que impensadamente teve a coragem de quebrar o monopólio da empresa, naquela época a única detentora de todas as linhas no município de Imperatriz.
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Geraldo Hipólito (de Chapéu ) ao desembarcar em Imperatriz, preso. |
Preso em Minas gerais, para onde havia fugido, Geraldo Hipólito, assim que ganhou um habeas corpus para responder em liberdade, foi embora para Brasília onde lá ainda vive (eu acho), já inimputável, por estar agora beirando os 90 anos.
O assassinato do prefeito Renato Moreira é um dos tantos crimes guardados no grande armário da Impunidade no Maranhão. Mas esse é um assunto para outro post.
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Ônibus da TCI parados em piquete de greve, em1996 |
Assim como hoje, a empresa partiu para o contra-ataque em duas frentes, amedrontando pessoas, processando e ao mesmo tempo politicamente agindo nos bastidores, até elegendo vereadores para defendê-la na Câmara Municipal.
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Este Jornalista, em discurso de apoio aos grevistas da TCI em 96 |
Este jornalista que vos escreve chegou a ser processado pela direção da TCI que tentou até me enquadrar "por formação de quadrilha e bando". Meu crime?
Apenas como presidente do Sindicato dos Jornalistas e um dos representantes da Central Única dos Trabalhadores-CUT, ter participado de manifestações e feito discursos contra a empresa. Graças a Deus o processo deu em nada, por que não havia nada que justificasse tal acusação.

A propósito, cabe uma pergunta:
cadê o Movimento Fora VBL? Uma falta sentida nos últimos dias... O que foi feito daqueles garotos que pareciam que iam transformar Imperatriz? Será que estão amedrontados?
Bom, mas vamos em frente. Depois veio o governo Democrático e Popular de Jomar Fernandes que desarticulou as entidades (boa parte foi para o governo e outra foi sufocada) e depois do seu fim a desesperança que desmotivou os movimentos sociais fazendo com que mazelas e problemas da cidade como o do Transporte Coletivo dormissem sob berço esplêndido, sem que nem movimentos sociais nem governos se preocupassem em sequer debater uma saída. Ildon, Jomar, Ildon novamente e agora Sebastião Madeira, não atentaram que a cidade iria crescer, que chegaria uma hora em que a prestação dos serviços públicos iria cada vez mais se tornar calamitosa.
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Mauro Jacinto, da VBL |
Finalizando, os três últimos capítulos:
1 - Ônibus apreendidos por problemas com a documentação;
2 - MP e prefeitura afirmam que não vão recuar no sentido de afastar a empresa do serviço de transporte público da cidade;
3 - E finalmente, a coletiva de imprensa concedida pelo dono da VBL Mauro Jacinto, na manhã de ontem, defendendo o indefensável e reafirmando que a empresa vai continuar operando na cidade com base na decisão insensível e descabida da Justiça do Estado do Maranhão (Terceira Câmara Civil, em São Luís).
Vamos aguardar os próximos capítulos desse imbróglio, dessa que parece ser uma infindável novela...
Um comentário:
eu faço parte dessa novela tenho uma causa ganha contra a tci mais de um ano e não consigo receber.
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