Duas empresas aéreas aderiram ao “Teto do Bom Senso”, proposta
de Flávio Dino para evitar o aumento abusivo dos preços do turismo durante a
Copa do Mundo de 2014. As linhas aéreas Azul e Avianca concordaram em
estabelecer um valor máximo para as passagens para aqueles que quiserem viajar
pelo Brasil. “As empresas mostram com isso apostar no crescimento a longo prazo
do turismo no Brasil, e portanto, do fluxo aéreo em nosso país, não buscando
obter apenas ganhos momentâneos, acima do teto do bom senso”, afirma Dino.
Durante os 31 dias de Copa do Mundo, a empresa Azul terá
passagens com preço máximo de R$ 999. Já a Avianca anunciou esta semana que
manterá o teto de R$ 999 por seis meses. Em 26 de fevereiro do ano passado,
Dino encaminhou ofício à Secretaria de Aviação Civil (SAC) onde propôs o teto
tarifário para as passagens aéreas domésticas.
“Uma possível medida [contra a cobrança de preços abusivos]
envolve a instituição de um teto tarifário, à semelhança do que vigora em
outros serviços públicos executados por terceiros, inclusive no setor de
transporte”, afirmava o texto enviado à SAC. Flávio Dino espera que as demais
empresas aéreas sigam os exemplos da Azul e da Avianca.
Dino pede que o setor hoteleiro siga o mesmo exemplo,
evitando a cobrança de tarifas muito acima da média internacional. “O maciço
investimento público que está sendo feito pelo país para a realização da Copa
do Mundo visa ganhos de longo prazo para toda a cadeia produtiva do turismo
brasileiro, que envolve cerca de 3,6% de nosso PIB e 10 milhões de empregos”,
lembra.
Pesquisa feita recentemente pela Embratur, fora do período de
alta demanda, mostra que os preços praticados pelo setor aéreo brasileiro estão
acima da média praticada em outros países. Por exemplo, Uma passagem ida e
volta Vitória (ES)-Salvador(BA) – com distância de 840 km – custa, em média,
US$ 257; enquanto Barcelona (ES) x Porto (PT) – com 902 km de distância –
custa, em média, US$ 53.
“Céus
abertos”
Ainda em 2013, Flávio Dino também propôs ao Governo Federal
que permitisse que empresas internacionais pudessem fazer voos regionais no
Brasil caso os preços das empresas aéreas nacionais ultrapassassem em muito a
média internacional de transporte aéreo.
A proposta foi
defendida recentemente pela ministra Gleisi Hoffmann, chefe da Casa Civil do
Governo Dilma Rousseff. No ano passado, Dino propôs a abertura do mercado aéreo
como forma de aumentar a concorrência e baratear preços. À época, a ideia do
presidente da Embratur também foi manchete nos grandes jornais do Brasil. O
Globo destacou em sua capa de 15 de outubro a proposta de Dino. (Assessoria)
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