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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

POLÍCIA FEDERAL CONTINUA NA LUTA PARA COLOCAR NA CADEIA OS "VAMPIROS" DA SAÚDE DO MARANHÃO

Na 7ª fase da 'Operação Sermão aos Peixes' ex-secretário de Saúde Ricardo Murad está preso, buscas foram feitas na residencia do deputado estadual reeleito Antônio Pereira e o radialista Justino Filho prestou depoimento na sede da PF em Imperatriz.

Após manifestação do Ministério Público Federal (MPF) no Maranhão, a Justiça Federal determinou a deflagração da 7ª fase da 'Operação Sermão aos Peixes', que investiga o desvio de verbas federais que seriam destinadas à Saúde no Estado do Maranhão.


A representação policial, proposta pelo MPF em 25 de setembro, foi motivada pelas constatações obtidas no inquérito Policial nº 047/2016, instaurado para apurar irregularidades em relação ao desvio de recursos públicos provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS), destinadas pela Secretaria de Estado de Saúde do Maranhão à Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) Bem Viver, entre os anos de 2009 e 2013.



A investigação identificou a existência de uma organização criminosa especializada em desviar recursos públicos federais do Sistema de Saúde para empresas supostamente de fachada. Investigando as contas de tais pessoas jurídicas, verificou-se que foram utilizadas para o propósito de ocultar a origem dos valores, que eram, em parte, ilicitamente apropriados pelo deputado estadual Antônio Pereira Filho e em parte distribuídos, por meio de pagamentos ilícitos mensais, a uma rede de blogueiros maranhenses, que deveriam influenciar a opinião pública em favor do grupo político integrado pelo deputado e pelo então secretário de Estado da Saúde do Maranhão, Ricardo Jorge Murad.

Foi constatada também o recebimento de ilícitos por parte do radialista Justino de Oliveira Filho e do músico Luciano Almeida Figueiredo. Além disso, verificou-se que as pessoas jurídicas eram geridas por Emílio Borges Rezende, Plínio Medeiros Filho e, ocultamente, pelo deputado Antônio Pereira Filho, que utilizaram Valdeney Francisco Saraiva da Silva e Flávia Georgia Borges Gomes, respectivamente presidente e tesoureira da OSCIP, como “testas de ferro” para assegurar o desvio de dinheiro público. A responsável pela operacionalização desse desvio era Maria da Conceição de Barros, que detinha o controle dos talões de cheque das pessoas jurídicas utilizadas pela organização criminosa.

A partir disso, a Justiça Federal acolheu parcialmente a representação do MPF e determinou que fossem cumpridos mandados de prisão temporária, busca e apreensão e constrição patrimonial dos citados na investigação, tanto pessoas físicas quanto jurídicas.

Logo pela Manhã a PF prendeu o ex-secretário Ricardo Murad que depois de procurado em sua residencia e não encontrado, se apresentou logo depois. Em Imperatriz aconteceram buscas e apreensões na residencia do deputado Antonio Pereira.

O radialista Justino Oliveira Filho foi levado coercitivamente para a sede da PF em Imperatriz, sendo liberado após prestar depoimento. Em transmissão ao vivo pelo Facebook à noite, Justino disse que não deve nada que com ele "não tem disso, que falou o que sabia e pronto".

Está sendo conduzido de Goiânia Emílio Borges Rezende, um dos administradores da organização Bem Viver no período que Ricardo Murad era secretário de saúde no Maranhão.


Polícia Federal cumpre mandados de prisão contra envolvidos em desvio de recursos na saúde no Maranhão — Foto: Reprodução/TV Mirante

Outra operação

A Polícia Federal também deflagrou uma nova operação para apurar vazamento de informações da primeira fase da Sermão aos Peixes. Ela é chamada de Abscondito II e foi iniciada em 2016. A PF avançou na investigação sobre o vazamento e reuniu prova de que os membros da organização criminosa conseguiram cooptar servidores públicos para a obtenção de informações privilegiadas. Depois, destruíram e ocultaram provas.

Além disso, violando medidas cautelares impostas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, um dos investigados teria dilapidado seu patrimônio e transferido seus bens para terceiros para impedir que fosse decretada a perda de tais bens.

Mandados judiciais

Ao todo, considerando as duas operações, foram expedidos 20 mandados de busca e apreensão, 11 mandados de prisão temporária.

As pessoas investigadas poderão responder pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, dentre outros que possam ainda ser apurados. Após os procedimentos legais, os presos serão encaminhados ao sistema penitenciário estadual, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.

As diligências estão sendo realizadas em seis cidades: São Luís, Imperatriz, no Maranhão, Parauapebas, no Pará, Palmas, no Tocantins, Brasília, no Distrito Federal e Goiânia, em Goiás.

Foi determinado o bloqueio judicial e sequestro de bens num valor total que supera R$ 15 milhões.

Fontes: Ascom do Ministério Público Federal no Maranhão e G1.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

‘SERMÃO AOS PEIXES’: MUITOS PEIXES AINDA ESTÃO FORA DA REDE

O Maranhão amanheceu ontem com notícias quentes na área policial. Com os nomes  de Abscôndito e Voadores, a  Polícia Federal (PF)  e a Controladoria Geral da União (CGU) deflagraram, a 2ª e 3ª fase da Operação Sermão aos Peixes, que investiga o desvio de verbas da saúde.

As investigações vem desde 2010, desde a última operação em 2015, muita gente foi presa, mas algum tempo depois colocada em liberdade e, desses, tanto na primeira quanto agora, apenas um “peixe graúdo” foi preso. Será que vai ser assim?
  
Algumas perguntas não querem calar:

1 – Ricardo Murad , que agora a PF diz que trabalhou para destruir provas, continua solto. Ora, não foi por isso que prenderam o senador Delcídio Amaral na Lava Jato?

Antonio Pereira e Ricardo Murad, velhos "parceiros na Saúde".
2- O filho do  deputado estadual Antônio Pereira (DEM) já foi preso como um dos chefes da Bem Viver, e o pai deputado,  qual o grau de envolvimento dele?  Por que até agora ele não é citado, se todo mundo sabe que ele mandava e desmandava na saúde, sendo o homem mais forte depois de Ricardo Murad? Foi o dinheiro da Saúde, através da Bem viver que bancou várias candidaturas de prefeito e vereadores nas eleições de 2012, entre estas as do agora eleito Nelson Horácio em Porto Franco.

3 – Por falar em Nelson Horácio, esse é outro peixe ainda não alcançado pela PF. Conhecido como “Vampiro” da saúde, Nelson é daqueles médicos que “trabalham” em vários lugares ao mesmo tempo, como se ele fosse onipresente. 

Local onde funcionou em 2012 a Endomed, em Porto Franco
Como se isso não bastasse, no período da campanha de 2012 abriu uma Clínica, denominada por  ENDOMED, no bairro Paraisinho, Porto Franco, e sem Alvará, sem nenhuma autorização da vigilância sanitária, passando por cima de todas as normas e regras de segurança médica fazia atendimentos com consultas e exames, recebendo várias parcelas de recursos do SUS, através da famosa Bem Viver, mas dizendo que era um ato de bondade seu para ajudar o povo. ou seja, escondia que era muito bem pago...

Nelson Horácio, em recente visita ao ex-senador José Sarney, provavelmente buscando  proteção

Endereço da Endomed em Lajeado Novo-MA
A Clínica era em Porto Franco, mas  tinha o endereço de Lajeado Novo, porém lá era apenas uma residencia. Mesmo depois de fechada em Porto Franco, até o ano de 2014, notas fiscais comprovam recebimentos.

A clínica de Nelson recebeu mais de R$2 milhões e 700 mil reais, quase R$3 milhões de reais nesse esquema que transformou Nelson num dos médicos mais ricos do Maranhão, com patrimônio milionário que ele juntou em pouco tempo, comprando fazendas, carros de luxo e dizem que até uma clínica de alto padrão no Estado do Pará e negócios no Tocantins. A farra com o dinheiro público da Saúde do povo foi tão grande que após as eleições o candidato teve dinheiro para comprar uma grande fazenda no interior do município de Porto Franco.

As notas fiscais da Endomed foram atestadas pela direção do Hospital Geral de Grajaú, que legitimava a fraude.

Um grande paradoxo em tudo isso é que ao mesmo tempo em que o governo Roseana pagava ao médico Nelson Horácio  somas vultosas para ele fazer campanha eleitoral ou enriquecer cada vez mais, retirou mais de 50% dos recursos do polo de Saúde Porto Franco, responsável pelo atendimento em baixa e média complexidade de cerca de oito municípios da região.


Então, caros leitores, são esses alguns questionamentos  que todos  fazem sobre essas operações da PF. Vamos aguardar que uma das poucas instituições de grande credibilidade nesse pais, como a Polícia federal, dê um basta nessa sangria desatada de rapinagem, que essas pessoas desalmadas que desviam recursos tão sagrados que poderiam salvar milhares de  vidas, figuras que só enriquecem e se empoderam na política, graças a muito dinheiro, comprando votos ou seduzindo os mais incautos, sejam levados as barras da Justiça, e, consequentemente para atrás das grades.