O crime tem pena de 16 anos, sete meses e 15 dias de reclusão em regime fechado. O assassinato teve como vítima o advogado Valdecy Ferreira Rocha, 52 anos e aconteceu no dia 30 de novembro de 2005, por volta das 17h, em frente à sede da Prefeitura Municipal de Imperatriz.
A Justiça tarda, mas - às vezes - acontece: depois de 16 anos o caso do assassinato do advogado Waldecy Rocha, chega ao desfecho tão esperado por seus familiares, a prisão de Irani Vieira Rocha, ex-esposa do renomado causídico, acusada de ser a principal mandante do crime que à época chocou a sociedade imperatrizense e o meio jurídico do Maranhão, pela maneira bárbara e ousada, quando a vítima foi abatida em no dia 30 novembro de 2005, dentro de um veículo no centro da cidade, próximo ao Fórum de Justiça e da Prefeitura, onde nas proximidades também se localizava seu escritório.
Irani foi presa na tarde desta quinta-feira,10 e encaminhada para o presídio feminino do município de Davinópolis.
Muito já escrevi aqui neste blog sobre esse caso, deixo com vocês uma carta de familiares de Valdecy Rocha, que comemoram a prisão de Irani e traz mais detalhes sobre o crime:
Finalmente se fez Justiça!!
Hoje a noite, dia 10 de março de 1922, aconteceu o que a Sociedade Imperatrizes e a FAMILIA ASCENDENTE do advogado covardemente assassinado VALDECY FERREIRA DA ROCHA esperava já por 16 anos e alguns meses. Foi presa sua traiçoeira esposa, um dos mandantes de seu assassinato - a Enfermeira Irani. Encontra-se agora recolhida numa cela da Penitenciária de Davinópolis; mediante ordem de prisão expedida pelo h. Juiz da 2ª Vara Criminal desta Comarca de Imperatriz-MA.
Finalmente se fez
Justiça!
O processo foi tumultuado
desde seu início, quando na apuração do ato delituoso, o Inquérito Policial
cheio de depoimentos falsos, criação de álibis para mudar o curso da
investigação; e, até a suspensão injustificável da apuração do homicídio por
longo tempo. Todo passo dado foi motivo para recurso judicial. E todas as
Decisões do Juízo de 1ª Instância teve recurso para o Tribunal de Justiça; e,
deste Tribunal para outras Instâncias Superiores.
Foi condenada pelo
Tribunal do Júri Popular aqui em Imperatriz. E essa primeira condenação foi
anulada no Tribunal de Justiça do Maranhão.
Anos depois foi novamente
condenada, pela segunda vez, pelo Tribunal do Júri Popular de Imperatriz. Novamente recorrendo para o Tribunal de
Justiça, mas não conseguindo êxito no seu intento, dessa vez.
Daí recorreu
concomitantemente para o Tribunal Superior de Justiça e Supremo Tribunal
Federal – STF; onde teve sua pretensão barrada pelo Excelentíssimo Ministro
Alexandre de Moraes, que repeliu definitivamente sua mentirosa fundamentação de
inocência. Decisão essa do Supremo de setembro do ano passado.
Com muita dificuldade o
Processo Criminal voltou para a Comarca de Imperatriz, na 2ª Vara, para
execução da sentença não reformada. Quando finalmente o honrado Juiz assinou sua
ordem de prisão.
Irani e o segundo
acusado, seu amante ALEXANDRE MOURA LIMA NETO contrataram o pistoleiro Gilvan Varão
para executar o homicídio. Este pistoleiro de aluguel foi o primeiro condenado
e já cumpriu seu tempo de prisão. Estando hoje em lugar ignorado; e, de certo
ceifando outras vidas, já que essa é sua profissão.
Quanto ao motoqueiro que
carregou Gilvan para a efetivação do crime e sua fuga, não teve apuração da sua
participação e, da sua identificação. Tendo ficado impune.
Tudo indicou e foi
comprovado, que a motivação da morte de Valdecy foi a pura ganância – ambição
desmedida de ficarem com seus bens, que já não eram poucos. A começar por duas
fazendas de criação de gado em Axixá e Augustinópolis do outro lado do rio, no
Estado do Tocantins.
A viúva nem mesmo deixou
esfriar o corpo e abriu logo o inventário, tornando-se de pronto a
INVENTARIANTE com todo o domínio sobre o patrimônio do falecido.
Mas com o tempo entrou em
colisão com a filha; a qual sentindo-se lesada, perdendo patrimônio para a mãe
e seu único irmão, entrou no processo após a primeira condenação da mãe e lhe
tomou o cargo de inventariante. Exercendo-o até agora, apesar das pesadas
brigas e ameaças, até de morte; tonando o processo de inventário inconcluso até
hoje.
A condenada foi com tanta
sede no patrimônio da sua vítima, a ponto de arrolar no inventário, a
fazendinha da Família de Valdecy, que hoje pertence aos seus irmãos lá no
Sertão da Bahia (onde ele está enterrado com seus pais). Foi preciso uma longa
luta jurídica para a fazendinha voltar para o domínio de seus irmãos.
Sendo que a FAMILIA
DESCENDENTE, além de não assistir o enterro de Valdecy, nunca voltou lá na
pequena propriedade. Todos não conhecem a capelinha que o finado está enterrado
com seus pais e nunca procuraram saber de como está a vida de seus tios e
outros parentes. Comportam como se todos tivessem sido mortos juntos com o
finado.
Relativo ao coautor da
morte, ALEXANDRE se tornou um exímio especialista em recursos criminais
tentando provar ser ele - o inocente Anjo Gabriel. Tem criado todo tipo de
obstáculo para seu processo não caminhar para sua condenação. Mas o contrário
vem ocorrendo, vez que seus inúmeros recursos vêm caindo por terra – derrotados
em todas as Instâncias da Justiça, tal como aconteceu com sua consorciada
Irani.
Derrotado e tendo que se
expor ao Tribunal do Júri Popular em Imperatriz, o malfeitor entrou com um
pedido de desaforamento do júri para São Luís; e com seus falsos argumentos,
fundamentação falaciosa, principalmente de que sofre pressão da família
ascendente da sua vítima, com propaganda na imprensa local, ele triunfou com a
primeira vitória na justiça - conseguiu enganar os respeitáveis julgadores do
segundo grau e ter seu julgamento – a Sessão do Tribunal do Júri transferido
para a Comarca da Capital.
Mas infelizmente, de
maneira inexplicável, desde o ano passado seu processo não sobe para o Fórum de
São Luís. Estando o elemento até hoje sem colocar seu traseiro no banco dos
réus.
Na análise de todos que
entendem do ritual processual criminal opinam que o Alexandre joga para ficar
sem punição com a prescrição do seu crime – que já está próximo.
O acusado tem em sua
defesa - escritórios de advocacia caríssimos em São Luís. Leva vida de classe
média alta morando em bairro nobre da Capital, Bairro Renascença e frequentando
Shopping(s) Center(s) onde é visto frequentemente. Vai vivendo assim sem ter
fonte de renda conhecida, quando já não consegue dar aula como professor, já
que os alunos conhecem sua índole de homicida, estampada na televisão.
É de impressionar como a
viúva consegue sustentar tantas despesas suas e do seu amante, com Escritórios
de Advocacia Especializados lhes acompanhando até no Superior Tribunal de
Justiça e Supremo Tribunal Federal!
A prisão da Viúva Irani
deveu-se muito a ação diligente, assídua, firme e não podemos deixar de dizer -
gratuita - dos dedicados Advogados:
Dr. MIGUEL DALADIER BARROS e DRA. JACQUELINE AGUIAR DE SOUZA. Eles vêm atuando, desde o pós homicídio de
Valdecy, quando localizou a testemunha chave que reconheceu o pistoleiro
Gilvan, preso em Açailândia pela prática de outros crimes. Acompanharam os
Inquéritos Policiais e os Processos Criminais até a última Instância. Sempre
enfrentaram todo tipo de obstáculo na apuração do caso e desmontaram todas as
chicanas criadas nos procedimentos processuais pelos defensores dos homicidas.
E no final prendeu a Viúva Irani.
Diante tanta obstinação
em fazer justiça – a Família Sertaneja do finado Valdecy tem muito que
agradecer a ambos. E dentro do espírito de religiosidade comprometida com a
verdade, pois todos os irmãos são idosos, o finado era o irmão caçula –
agradecem dizendo que Dr. Daladier e Dra, Jacqueline irão para o reino do céu
ficando para a eternidade juntinhos de Deus.
Agradecemos muito a
Sociedade Imperatrizense pelo interesse em fazer justiça e por toda a pressão
feita junto aos Órgãos do Estado na apuração do caso.
Agradecemos a todos os
Órgãos da Imprensa escrita, falada e aos incansáveis jornalistas que
acompanharam e sempre divulgaram o caso, não deixando cair no esquecimento.
Levamos também nossos
agradecimentos a OAB/MA e Seccional de Imperatriz pelo que nos ajudaram fazendo
o processo fluir normalmente.
Nossos agradecimentos!
GENNER MARINHO
HIBERNON MARINHO ALVES DE
ANDRADE
Imperatriz, 11 de março de 2022.
Nenhum comentário:
Postar um comentário